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O governo brasileiro a serviço de uma família enrolada

REDATOR by REDATOR
12 de dezembro de 2020
in COLUNAS
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Home COLUNAS
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POR Balaio do Kotscho

“É exemplo claro de violação à impessoalidade. Neste caso, há uma confusão muito clara do público e do privado, sobretudo quando temos o universo familiar envolvido” (Mauro Menezes, ex-presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República).

Em apenas dois anos no poder, a família Bolsonaro privatizou o Estado brasileiro e o colocou a seu serviço.

Com o presidente e seus filhos enrolados em vários processos na Justiça, o clã mobilizou a Receita Federal, Abin (Agência Brasileira de Inteligência), CGU (Controladoria-Geral da União), AGU (Advocacia-Geral da União), PGR (Procuradoria-Geral da República) e todo o aparato estatal que está ao seu alcance para se livrar das investigações que correm em várias instâncias, a começar pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que conduz apuração para saber se Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal para beneficiar amigos e familiares.

O inquérito aberto no STF em maio, a partir das denúncias feitas por Sergio Moro, ex-ministro da Justiça, é apenas o primeiro capítulo de uma novela que a cada dia revela novas ações da família para burlar as leis.

Um dia, é o filho Renan Bolsonaro, o 04, utilizando gratuitamente em benefício da sua empresa uma produtora que presta serviços ao governo federal, como denunciou a Folha na quinta-feira (10).

Hoje, é a descoberta da revista “Época”, que encontrou dois “relatórios de orientação” produzidos pela Abin para o filho Flávio Bolsonaro, o 01, na tentativa de anular provas no processo das “rachadinhas”, em que ele foi denunciado por desvio e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.


Abin investigando a Receita, tudo por Flávio

Sergio Moro agora quer que essa denúncia seja anexada ao inquérito do STF por ver nela uma ação clara de desvio de finalidade dos funcionários da Abin, para proteger o primogênito e subsidiar a sua defesa.

O objetivo do serviço prestado pela Abin é mostrar que um grupo da Receita Federal teria obtido de forma irregular dados do senador no inquérito sobre desvio de dinheiro público em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, quando era deputado estadual.

Ou seja, temos a seguinte situação: um órgão público, a Abin, investigando outro órgão público, a Receita Federal, para livrar a cara do 01.

Um dos documentos da Abin explica a finalidade daquele trabalho: “Defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante dos acessos imotivados aos dados fiscais de FB”.


Bolsonaro segue voando feliz nas asas da FAB

E o que diz Sua Excelência, o digníssimo presidente da República, sobre estes casos envolvendo seus filhos com o uso da máquina pública? Nada.

Bolsonaro nunca ouviu falar em princípios republicanos, não sabe diferenciar o público do privado e dá uma banana para o artigo 37 da Constituição que trata da impessoalidade na administração pública.

O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) já entrou com pedido na Procuradoria da República do Distrito Federal para apurar a prática de tráfico de influência e de lavagem de dinheiro por Renan Bolsonaro.

Os documentos da Abin, segundo o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) publicou no Twitter, “são suficientes para um impeachment e para prisão imediata dos envolvidos, sejam eles quem forem”.


Economia, saúde, ambiente… Todos continuam esperando planos de governo

Não quero ser pessimista, mas são tantos os casos semelhantes, sem dar em nada, que chego à triste conclusão de estar tudo dominado pelo bolsonarismo em marcha, a ponto de Bolsonaro simplesmente se recusar a comparecer ao interrogatório na Polícia Federal, no inquérito sobre interferência na PF, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, no STF.

Parece que o ex-capitão desistiu de governar o país, para se dedicar unicamente a defender os negócios dos filhos e amigos, como se o Palácio do Planalto fosse uma extensão do Condomínio Vivendas da Barra.

Sem plano econômico para tirar o Brasil da recessão, sem programa nacional de vacinação, sem se importar com os quase 180 mil mortos pela pandemia, Bolsonaro viaja alegremente pelo país nas asas da FAB, em campanha pela reeleição, antes de completar o segundo ano de mandato.

00, 01, 02, 03, e agora também o jovem 04, que virou empresário, formam esta família unida em torno dos seus próprios interesses, uma sociedade anônima de capital fechado que colocou o governo brasileiro a seu serviço.

Os mais de 50 pedidos de impeachment (ninguém mais sabe ao certo quantos são) continuam mofando no gabinete de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que virou o inimigo número 1 do clã, prestes a deixar o cargo, e até hoje não encontrou nenhum motivo para abrir um processo por crime de responsabilidade.

Por isso, muitos brasileiros já estão pensando em outras saídas para esse processo acelerado de ingovernabilidade.

“Vejo com mais claridade que interditar legalmente o atual presidente é uma emergência de saúde”, escreveu o médico infectologista Evaldo Stanislau Affonso de Araújo, de Santos (SP), no Painel do Leitor da Folha, nesta sexta-feira.

Talvez esteja aí uma solução. Vida que segue.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Cultura&Realidade.

Ricardo Kotscho, 70 anos, é repórter desde 1964 e já trabalhou em praticamente todos os principais veículos da imprensa brasileira em diferentes cargos e funções, de estagiário a diretor de redação.
Foi correspondente na Europa nos anos 1970 e exerceu o cargo de Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República no período 2003-2004 (governo Lula). Em 2008, foi um dos cinco jornalistas brasileiros contemplados com o Troféu Especial de Imprensa da ONU.

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