– O atual e o ex-prefeito de Irecê deverão protagonizar mais uma nova disputa. Desta vez para deputado federal. Os dois anunciam os encaminhamentos nesta segunda-feira, 7.
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade
A região de Irecê terá, nesta segunda-feira, dois anúncios importantes que poderão mexer o tabuleiro das disputas eleitorais deste ano. Luizinho Sobral e Elmo Vaz vão promover novas emoções no campo das disputas eleitorais, agora, para deputado federal.
Depois de duas derrotas seguidas para deputado estadual e duas para prefeito de Irecê, exatamente para Elmo Vaz, Luizinho rompeu com o seu padrinho político, o deputado federal João Carlos Bacelar Batista (Podemos) e deverá anunciar seu novo projeto nesta segunda-feira, durante entrevista à rádio Caraíbas FM. É tido como certa a sua pré-candidatura a uma cadeira na Câmara, na condição do mais novo aliado de ACM Neto.
Já o atual prefeito Elmo Vaz, vem sofrendo grande pressão do PSB-Partido Socialista Brasileiro e de lideranças do Território de Irecê, para lançar a sua candidatura à Câmara Federal. Até o momento ele resiste, alegando que tem compromisso com o povo de Irecê, que o elegeu prefeito da cidade, e com deputados federais, que tem ajudado na realização do seu governo.
No último final de semana, ele participou do Congresso Estadual do seu partido, em Salvador, quando, mais uma vez foi provocado a colocar o seu nome à disposição, para servir ao projeto liderado por Rui Costa, Jaques Wagner, Otto Alencar e João Leão.
Bom… em sua fala, ficou implícita a sua disposição, quando fala: “Não posso, por conta própria, abdicar destes compromissos”. Este trecho da fala do atual prefeito ireceense soou como uma senha, com a qual muitos articuladores governistas atuaram neste final de semana, fazendo a tal ‘gestão política’, de tal modo que Elmo também deverá anunciar, nesta segunda-feira, a sua disposição para disputar uma vaga à Câmara Federal.
EM 80 ANOS, APENAS CINCO DEPUTADOS COM VÍCULOS LOCAIS
Para quem sonha em com uma representação política na Câmara Federal com domicílio eleitoral na região, os anúncios previstos, se confirmados, marcarão uma oportunidade grandiosa para que, finalmente, se restabeleça a lógica.
Com aproximadamente 300 mil eleitores nativos, a região de Irecê não tem uma representação local na Câmara desde 1998, quando Beto Lelis renunciou ao mandato para se eleger prefeito de Irecê.
Com capacidade eleitoral de eleger ao menos três deputados federais por eleição, a região de Irecê se tornou uma permanente odisseia de lideranças de outras regiões, que buscam nos municípios da regiçao, o complemento eleitoral para os seus projetos políticos, sem oferecer à região, nenhum projeto significativo de desenvolvimento.
O projeto mais marcante teve início ainda na década de 50, do século passado, por iniciativa do então deputado federal Manoel Novais, que foi o Baixio de Irecê, consorciado com o Perímetro Irrigado de Miróros. O Baixio ainda engatinha os primeiros passos para entrar em operação. E lá se vão mais de 70 anos.
Após isso, várias tentativas enfrentaram os desafios de um sistema que dificulta renovação do parlamento brasileiro, em favor de quem já se encontra em exercício de mandato. Neste cenário, o próprio Beto Lélis tentou duas vezes, Edson Oliveira, Adelmo Dourado, Militão e Meirinha ousaram, mas foram derrotados pela falta de empatia do eleitorado, que tende, culturalmente, a seguir lideranças em troca de migalhas, sem assentar projetos estruturantes de vulto, que impacte de modo transformador, no processo de desenvolvimento social e econômico, pautado no interesse coletivo de âmbito territorial.
É óbvio que o fato de ter domicílio eleitoral na região de Irecê, não significa que o escolhido disponha das competências, habilidades e ação capaz de implementar as aspirações do Território de Irecê, mas, como diz um amigo, “ao menos sabemos onde é a casa para ir lá, dá um chute na porta e cobrar providências”.