– Após rodadas de diálogos com técnicos da educação e da saúde sanitária do município, mediadas pelo secretário Ancelmo Machado, o prefeito Roberto Carlos Alves de Souza (Robertão) aprovou os critérios e autorizou o retorno às aulas presenciais na rede escolar de Presidente Dutra, que ocorreu com mais de 90% de adesão –
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade
Este 30 de agosto se tornou um marco histórico para a educação da Rede Municipal de Ensino de Presidente Dutra. As 7h era de expectativas de todas as unidades escolares quanto ao nível de participação das comunidades escolares ao retorno às aulas presenciais. Todos os profissionais que se encontravam ansiosos para este momento, a expectativa era grande e coração ficava mais apertado à medida que se aproximava a hora de abrir os portões de acesso às escolas.
“Meu coração acelerou quando o nosso primeiro aluno entrou na escola, depois de quase dois anos distantes, com aulas à distância”, disse o secretário Ancelmo Machado, que visitou algumas unidades escolares averiguando o nível de presença. “Tivemos 90% de presenças e tudo ocorreu com absoluta tranquilidade, com professores, pessoal da gestão, do apoio e alunos seguindo rigorosamente os protocolos que vínhamos trabalhando há cerca de dois meses”, pontuou.
“Para a definição do retorno às atividades presenciais do sistema municipal de ensino em Presidente Dutra, foi realizada intensa agenda de estudos com técnicos da educação e da área de saúde, o que contribuiu para definirmos um regulamento protocolar bastante detalhado e orientador e dele fizemos uma cartilha, com cópias distribuídas para todas as comunidades escolares, com foco especial nas famílias, de modo que todas as mães e pais pudessem saber detalhadamente como se daria o nosso retorno”, informou o secretário.

PANDEMIA E O PREJUÍZO À APRENDIZAGEM
Nos documentos preparatórios, constam as orientações e condutas preventivas, e os indicadores que motivaram a decisão de retornar às aulas presenciais, sendo fator determinante o prejuízo da aprendizagem dos alunos, conforme dados assimilados por diversas instituições nacionais e internacionais.
Na cartilha, a secretaria de educação justifica as razões que forçaram o retorno às aulas neste 30 de agosto. “A pandemia de COVID-19, declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em março de 2020, impôs uma série de medidas restritivas e de isolamento social, com o intuito de controlar os impactos da disseminação do vírus pelo mundo. Dentre essas medidas, adotou-se, inicialmente, a paralisação dos calendários escolares e atividades educacionais presenciais.
Com o avançar da pandemia ao longo de 2020, e com os prejuízos educacionais oriundos do afastamento dos alunos da escola, percebeu-se a necessidade de pensar um modelo de educação que desse conta dessa nova realidade.
O ensino remoto – atividades à distância – surgiu, portanto, como alternativa para assegurar a aprendizagem dos alunos nesse contexto de isolamento social e pandemia. Passado um ano e quatro meses desde o surgimento da pandemia, o ensino remoto é substituído agora pelo modelo Pedagógico de Ensino Híbrido, formato esse bastante adotado pelas redes que optaram pelo retorno com presencialidade em diversas redes do Brasil. No país, as escolas estão fechadas há mais de 200 dias (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO, 2021).
Embora o ensino remoto tenha possibilitado o andamento das atividades escolares, especialistas da educação apontam que a aprendizagem de crianças e adolescentes está comprometida. Segundo estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os alunos de escola pública, entre 6 e 15 anos, tiveram menos horas de aula por dia do que os estudantes de escolas particulares. O estudo mostra também que aumentou o índice de abandono escolar entre os jovens de 16 e 17 anos. Outro estudo realizado pela FGV-Fundação Getúlio Vargas, mostra dados ainda mais preocupantes. Segundo este, os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) podem ter regredido, em média, até 4 (quatro) anos em leitura e Língua Portuguesa e 3 (três) anos em Matemática.
“Estive fazendo um balanço com o prefeito Robertão, que não tem medido esforços no apoio e atendimento a todas as nossas demandas. Nesses dois primeiros dias de aulas presenciais notamos grande adesão e isso nos deixa bastante felizes. As famílias apostaram, acreditaram em nossas propostas metodológicas de prevenção e acolhimento dos seus filhos e isso significa confiança. Isso reforça nosso compromisso e responsabilidade no rigor ao cumprimento dos protocolos de saúde, para que nossas crianças não sejam mais prejudicadas na aprendizagem e especialmente que estejam em ambiente protegido. Vamos vencer, acredito.”, conclui o secretário.