– Declarar a Festa do Divino Espírito Santo como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia, é o desejo do deputado estadual Ricardo Rodrigues, conforme propôs à Assembleia Legislativa –
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade
“Não só dos serviços da saúde e das atividades do campo, vive o povo baiano. A fé, a devoção e a cultura fazem parte dos sentimentos mais intensos da nossa gente”, disse o deputado estadual Ricardo Rodrigues (PSD) ao site Cultura&Realidade. Ele que tem nas áreas de saúde e da agropecuária, suas principais bandeiras, apresentou nesta semana, proposta no âmbito da cultura popular.

Experiente na promoção de eventos populares, tendo consolidado o melhor Carnaval do interior baiano, quando prefeito de Lapão, o deputado Ricardo Rodrigues (PSD) apresentou, na Assembleia Legislativa, um projeto de lei que propõe declarar a Festa do Divino Espírito Santo como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado. De acordo com a proposta, a iniciativa tem como objetivo “preservar, valorizar e difundir essa tradição cultural, religiosa e popular”.
O texto também prevê apoio institucional e proteção da manifestação como expressão da identidade coletiva das comunidades, além de incentivar o registro, a documentação, a memória e a transmissão da tradição às futuras gerações.
A proposta sugere ainda que o poder público promova ações de apoio, preservação, incentivo e divulgação da Festa do Divino em parceria com associações, entidades religiosas, instituições culturais e a comunidade local.
Ao justificar a medida, Ricardo Rodrigues destacou que a Festa do Divino Espírito Santo é uma das mais antigas e expressivas manifestações religiosas e culturais do Brasil, com raízes históricas que remontam ao período colonial. Segundo ele, a devoção, trazida pelos colonizadores portugueses, foi incorporada às tradições locais e adquiriu características próprias em diferentes regiões da Bahia.
“Presente em diversas cidades, a celebração permanece viva até os dias de hoje, marcada pela fé, pela solidariedade e pela alegria popular, representando um encontro entre o sagrado e o profano, o religioso e o cultural, o tradicional e o comunitário”, ressaltou o parlamentar.
SAGRADO E PROFANO
Segundo ele, a festa acontece, em geral, no período de Pentecostes e envolve missas, procissões, cortejos, folias, levantamento de mastros, coroação do Imperador do Divino, distribuição de alimentos, além de músicas, danças, culinária típica e expressões populares que reforçam os laços de fraternidade e identidade cultural.
“Além de sua relevância histórica e comunitária, a festa também desempenha papel econômico e turístico, movimentando o comércio, a gastronomia, o artesanato e atraindo visitantes interessados na riqueza de sua tradição. Esse aspecto a consolida como manifestação cultural de grande valor, unindo preservação do patrimônio imaterial e desenvolvimento sustentável”, completou.