– Muita expectativa com o 3º Facine, que vai movimentar o território, de 4 a 13 de setembro. Os apaixonados pela sétima arte e os encantos da chapada, terão 43 produções para apreciar, oriundas de 17 estados brasileiros, que serão exibidas em 14 cidades –
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade
A Chapada Diamantina vai ser sacudida com a terceira edição do Facine – Festival de Cinema Ambiental da Chapada Diamantina, reunindo produções audiovisuais que abordam a valorização dos saberes ancestrais, a relação vital entre pessoas e território e a preservação ambiental.
O Facine conta com seis mostras temáticas – Recordar, Resistir, Regenerar, Reflorestar, Retomar e Recaatingar – que organizam os 43 filmes selecionados pela curadoria. As obras, além de dialogarem, sob perspectivas diversas, com os enfrentamentos diante da destruição do meio ambiente, também tratam sobre os caminhos de resistência e regeneração que vêm possibilitando a existência mesmo com tantas ameaças.
Os filmes destacam como a degradação ambiental está diretamente ligada à perda de identidade cultural e territorial e dá voz a povos originários, quilombolas, rurais, ribeirinhos, cujas memórias e visões ancestrais apontam caminhos para superar o atual cenário de devastação.

Itinerância e atividades
Durante dez dias, 14 cidades da Chapada Diamantina sediarão exibições, atividades culturais e oficinas, criando um espaço de intercâmbio entre os realizadores, a comunidade e o público. No último dia, o Facine realizará uma ação de plantio de mudas nativas na comunidade Tapuya da localidade de Riacho das Palmeiras, em Seabra. Já em Igatu, o festival realiza a Caminhada Ecológica no dia 11 de setembro com a participação da raizeira, artista e liderança local Tuninha. Mais do que apresentar filmes, o Facine se propõe a ser uma grande roda de partilha conectando história, cultura, ensinamentos e denúncias por meio da linguagem audiovisual.
Serão 43 filmes e documentários representando 17 estados brasileiros das cinco regiões, incluindo as produções da efervescente Chapada Diamantina. Ao valorizar essas vozes, o Facine reforça a importância do cinema como instrumento de reflexão e transformação, capaz não apenas de oferecer respostas, mas sobretudo de contribuir para formular perguntas essenciais para a criação de um modelo socioambiental pautado na reconexão entre gente e lugar.

As mostras acontecerão presencialmente, nas cidades de Andaraí, Barra da Estiva, Boninal, Ibicoara, Iraquara, Itaetê, Lençóis, Morro do Chapéu, Mucugê, Palmeiras, Piatã, Rio de Contas, Seabra e Utinga. Entre os pontos de exibição estão teatros, escolas, associações e sindicatos, universidades, pontos de cultura, bibliotecas, galerias e espaços em comunidades rurais, quilombolas e território indígena, de forma a levar o cinema para um público cada vez maior e mais diverso. Além dos espaços presenciais, os filmes poderão ser assistidos online, por meio da plataforma de streaming Bombozila.
Sobre o Facine
Pensado para fortalecer o cenário do cinema e audiovisual na Chapada Diamantina, o Facine potencializa reflexões sobre as temáticas socioambientais tanto por meio das produções audiovisuais selecionadas, quanto pelas rodas de conversas e oficinas promovidas pelo festival.
A capilaridade é uma característica que visa descentralizar a programação e, com isso, construir um circuito exibidor que atenda as demandas das instituições e organizações do território. Ao chegar a diferentes cidades e comunidades, o Facine diversifica o público, amplia seu alcance e fortalece as reflexões e debates sobre os temas socioambientais em evidência.
Nas suas duas primeiras edições, produtores e espectadores abordaram pontos importantes para o território em produções que vão dos curtas de animação aos documentários de longa-metragem, sempre visando recriar imaginários e focos de atuação consciente no que concerne ao respeito ao meio ambiente e às comunidades tradicionais como espaços de preservação.
Na trajetória do festival, já são mais de 70 filmes exibidos e um público total de, aproximadamente, dez mil espectadores, entre exibições online e sessões presenciais.
Quem apoia
O projeto tem patrocínio da Neoenergia Coelba, do Instituto Neoenergia e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.

