
-Ministério Público arquiva denúncia contra diretor da Embasa e reconhece inocência de Jazon Junior após ampla investigação –
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade*
Após meses de apuração detalhada, o Ministério Público do Estado da Bahia arquivou o procedimento que investigava a denúncia formulada por uma ex-assessora contra o diretor executivo de Gestão Corporativa da Embasa, Jazon Ferreira Primo Junior, na qual a denunciante alegava a suposta ocorrência de injúria racial e racismo. A decisão foi tomada pela 1ª Promotoria de Justiça de Direitos Humanos, especializada no combate ao racismo e à intolerância religiosa, com base nas provas coletadas durante o procedimento, que evidenciaram a ausência de justa causa para a acusação.
A denúncia afirmava que Jazon teria substituído a assessora sob a justificativa de que queria uma pessoa “mais negra” para o cargo de coordenadora do Comitê de Diversidade da empresa. A acusação foi registrada na Ouvidoria da Embasa, mas, de forma estranha, vazou e ganhou repercussão nas redes sociais e veículos de imprensa, expondo indevidamente a imagem do diretor e afetando sua honra e reputação.
Entretanto, o Ministério Público, especializado no combate ao racismo, concluiu que as acusações eram infundadas. A promotoria analisou minuciosamente documentos, gravações e ouviu mais de dez testemunhas, incluindo a própria denunciante, funcionários da Embasa, representantes do sindicato e o próprio Jazon Junior. Segundo o MP, o trecho de áudio apresentado pela denunciante não comprova qualquer manifestação do diretor relacionada à raça, cor ou identidade da vítima.
De acordo com a decisão da promotora Lívia Santana, “a afirmação de que Jazon queria uma mulher mais negra para o cargo foi feita exclusivamente pela noticiante”. Não há, no áudio apresentado, qualquer fala de Jazon que permita concluir que a escolha da nova coordenadora tenha sido baseada em discriminação por critérios raciais, afirma o parecer. Ao contrário, a decisão registrou que a gravação e as demais provas dos autos indicam a intenção de manter a representatividade na composição do Comitê — conduta não vedada pela legislação brasileira, mas autorizada como ação afirmativa, legítima e constitucionalmente amparada.
Com uma carreira consolidada na gestão pública, Jazon Junior já atuou na Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia, ao lado do então secretário e hoje governador Jerônimo Rodrigues. Também foi secretário de várias pastas estratégicas na Prefeitura de Irecê, entre 2017 e 2023, e teve recentemente seu mandato renovado por mais dois anos como Diretor de Gestão Corporativa da Embasa, em indicação aprovada pelo atual governador. É reconhecido como um profissional técnico e respeitado.
Em nota, Jazon afirmou que sempre confiou na Justiça baiana e brasileira. “Desde o início, estive absolutamente tranquilo. Sabia que jamais cometi qualquer tipo de discriminação e sempre tratei todos os funcionários com respeito e dignidade. A verdade veio à tona, e agora coloco um ponto final nessa acusação leviana que sofri”, declarou.
O arquivamento do caso representa não apenas a absolvição de Jazon Junior, mas também um alerta para os danos irreversíveis que acusações precipitadas e infundadas podem causar à imagem e à honra de um profissional público. Com a decisão, o Ministério Público encerra o procedimento investigativo, reconhecendo que não houve prática de crime.
(*) Conteúdo da Assessoria de Jazon Júnior