– Organizar as cadeias produtivas das culturas irrigadas e estabelecer métodos de comercialização mais justos e favoráveis aos produtores, são os principais objetivos de um grupo de irrigantes da região de Irecê –
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade


Organizar as diferentes cadeias produtivas das culturas irrigadas no Território de Irecê, tem sido a agenda de diversos produtores que atuam na região, especialmente dos municípios de Lapão, João Dourado, América Dourada, Cafarnaum, Canarana e Ibititá. Nesta perspectiva, cerca de 800 olericultores têm buscado alternativas, nos últimos anos, que permitam estabelecer relação justa nos processos de seleção e comercialização da produção.
O setor se sente prejudicado com o modelo vigente, pelo qual tem perdido parte significativa do que produz nos processos de seleção feitos pelos compradores. “Os critérios de seleção e aproveitamento tem sido historicamente desfavoráveis aos irrigantes, prejudicando muito as suas receitas e dificultando investimentos. Espero que possamos contribuir com a organização do segmento, na expectativa de formas de comercialização mais justas”, disse Pedro Dourado, do programa CNA Jovem, responsável pela articulação do encontro.
Além de diversos membros da comissão de irrigantes que estão coordenando a organização das cadeias produtivas das culturas irrigadas, estiveram presentes o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais da Região de Irecê, João Gonçalves, o gerente do Centro de Capacitação Regional do Senar, Bruno Assis e Leila Neves, coordenadora do programa de Assistência Técnica e Gerencial do Senar, para a região de Irecê.
Na oportunidade, foram apresentados os principais problemas enfrentados pelos produtores, especialmente com relação organização do segmento e comercialização. Para fazer frente aos desafios apontados, os irrigantes estão organizando uma cooperativa, sob a consultoria do Sebrae e alinhando parcerias, como a do Sistema Faeb/Senar/Sindicato.
Para José Marcos do Nascimento, 50 anos, irrigante em América Dourada, Bonito e Lapão, a reunião foi produtiva como passo importante no fortalecimento da organização da cooperativa, além do alinhamento de novas possibilidades para o aprimoramento técnico, jurídico e planejamento da gestão das unidades produtivas, visando a superação dos nossos problemas e fortalecendo as oportunidades de comercialização, o que vai favorecer a todos os irrigantes”, avaliou.
