– Comunidades banhadas pelo ‘Riacho Juá”, em Lapão e Uibaí, que recebe águas do ‘Açude de Ibititá’, ficaram preocupadas com um possível rompimento da barragem, construída há 65 anos, tendo uma única restauração, realizada em 2007. Técnicos da Codevasf e da Prefeitura de Ibititá, descartaram riscos atuais. Recomendaram intervenções para evitar riscos futuros –
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade
As chuvas precipitadas em toda a região de Irecê, na última terça-feira, 3, surpreenderam em diversas comunidades. Com variação de 35mm em Lapão a 118mm em Uibaí, teve-se uma média de 79mm de chuvas na região, o que não é pouco para apenas um dia.
Em Ibititá, que registrou 90mm, o ‘Açude de Ibititá’, localizado no bairro Riacho, na Sede do município, transbordou. Banhistas de ocasião, que desfrutam da cheia do açude há cerca de 20 dias, não temeram o fenômeno e continuaram a se divertir, mas as autoridades e técnicos da área de engenharia da Prefeitura e da Codevasf, visitaram o local para averiguação.
As informações com base em fotos e vídeos de populares, davam conta de risco de rompimento de barragem, o que poderia algar propriedades rurais e residências de diversas comunidades localizadas em áreas de baixões e grotas do município de Uibaí.
De acordo com as informações colhidas junto a Luiz Alberto, Gerente do Escritório Regional da Codevasf, em Irecê, “trata-se de uma barragem que não tem nascentes. Sua contribuição se dá através de águas das chuvas e riachos, desaguam no riacho do Juá, no município de Lapão, banhando localidades do município de Uibaí”.
Luiz Alberto informou que ao tomar conhecimento da sobreposição da barragem, encaminhou engenheiros civis para avaliação no local, e que lá encontraram o Coordenador da Defesa Civil da Prefeitura de Ibititá, o Agrônomo Ancelmo Alencar.
Os técnicos da Codevasf e da Defesa Civil do município, tiveram o mesmo entendimento, embora não definitivo. “Construída sobre rochas, a barragem não tem fissuras, apresentando fugas e erosão nos bordos esquerdos e direitos, com infiltrações que poderão promover riscos futuros”.
Ainda de acordo com as informações, os técnicos recomendaram que se faça alargamento dos vertedouros em concreto, afim de prevenir erosões laterais, bem como passagens molhadas à montante.
O chefe da Codevasf afirmou que vai continuar monitorando o fluxo das águas e comportamento físico da barragem. Nas últimas 24 horas, ocorreu recuo do volume de águas, com fluxo normal do sangradouro, até o fechamento desta matéria
GALERIA DE FOTOS DA VISITA TÉCNICA/GENTILMENTE CEDIDAS PELA CODEVASF