
DA REDAÇÃO | Por Ales Alves/Caraíbas FM
A manhã desta sexta-feira, 14, a sessão ordinária da Câmara de Vereadores virou um ringue de farpas entre a vereadora Margarida Cardoso (Podemos) e a vereadora Valdereis Lopes (PSD) sobrando até para Meirinha, vereadora da Rede, que tentou acalmar os ânimos das colegas. Tudo começou quando Margarida, descontente com a adesão da vereadora Valdereis ao grupo liderado pelo prefeito Elmo Vaz (PSB) começou a avaliar o governo, tecendo críticas ao prefeito e à secretária de saúde, Dulce Barreto.
Margarida Cardoso usou seu momento de fala para discorrer sobre seu descontentamento com a forma que o prefeito conduz a cidade principalmente no combate a pandemia do novo coronavírus. Ela acredita que há algo de muito errado na contagem dos casos, visto que os boletins expedidos pela Secretaria de Saúde de Irecê não batem com os boletins da Secretaria de Saúde da Bahia.
A vereadora disse fazer também a própria conta com a ajuda de uma equipe. A edil não poupou críticas à secretária de saúde Dulce Barreto, que está afastada de suas funções por ter sido diagnosticada com covid-19. Segundo a vereadora, a secretária que se chama “Dulce, mas não é a irmã Dulce” é uma “incompetente”. Neste ínterim, Margarida aproveitou o ensejo para disparar críticas à vereadora Valdereis Lopes (PSD), que recentemente declarou apoio ao prefeito Elmo Vaz e se afastou da bancada de oposição. Margarida comparou o afastamento de Valdereis a uma traição e disse preferir “ser traída, que trair”.
A vereadora Valdereis, se defendeu das críticas dizendo ser uma “mulher muito bem recebida em todos os lugares que visita” e que não aceita ser “manipulado e nem enganada”. Valdereis também disparou críticas ao ex-prefeito Luizinho Sobral, que segundo ela, a traiu diversas vezes e fez com que a vereadora Margarida fosse dar queixa de Valdereis acusando-a de falsificação de assinatura.
Valdereis recebeu o apoio da Vereadora Meirinha (REDE) que em sua fala pediu que houvesse mais sororidade entre as mulheres da casa e que elas se apoiassem, principalmente durante o processo eleitoral. Meirinha citou também o agosto lilás e a Lei Maria da Penha, além de pedir que houvesse respeito e não ataques à secretária Dulce Barreto, que “não é santa, mas uma ser humana que está na linha de frente trabalhando dia e noite no combate à pandemia”. A vereadora foi aplaudida pela audiência.
Margarida, no entanto, falou que a Vereadora Meirinha não tinha condições de falar sobre sororidade já que a mesma tinha mandado a própria mãe chamá-la de “vagabunda” via mensagem e disse ter o áudio salvo no grupo do WhatsApp da casa legislativa. Além disso, falou que a Vereadora Meirinha é “uma pessoa que age por trás”, diferente dela que é a mesma pessoa em todos os momentos.
A Câmara estava em sessão ordinária para votar o pedido de suplementação expedido pelo Executivo para que pudesse remanejar recursos. Outra matéria a ser avaliada no dia é a criação de um incentivo para a ABARI – Associação de Bandas e Artistas da Região de Irecê enviada pelo Poder Executivo devido aos grandes problemas que essa classe tem sofrido com a pandemia.
RODAR A BAIANA (Significado) – Hoje em dia “rodar a baiana” significa “dar um escândalo”. Mas nem sempre foi assim. Quando a expressão surgiu, ela estava se referindo a uma atitude nobre dos capoeiristas.
Os blocos de carnaval cariocas surgiram no início do século 20, no mesmo lugar e pelas mãos das mesmas pessoas que praticavam a capoeira. Entretanto, quando foi para as ruas, passou a agrupar muitos curiosos – e alguns criminosos.
Assediadores sexuais se aproveitavam da multidão para atacar as moças que estavam desfilando.
Para impedir que isso ocorresse, capoeiristas passaram a se fantasiar de baianas e participar do desfile. Ao primeiro sinal de assédio, os capoeiristas venciam os criminosos com golpes certeiros.
Quem estava do lado de fora via apenas a baiana rodar e o assediador cair. Daí dizer que “rodou a baiana”.