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Clima: mundo cada vez mais sufocante para viver

REDATOR by REDATOR
12 de abril de 2024
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“…Devemos exigir que “os governos Federal, Estadual e Municipal e a iniciativa privada passem a agir urgentemente para garantir o acesso à água gratuitamente, nos bairros periféricos e nas áreas centrais das cidades, instalando bebedouros públicos, em áreas públicas, nas cidades e municípios brasileiros” (Santos, 2024), ou continuaremos assistindo parte expressiva da população pobre, historicamente excluída e vulnerabilizada do nosso país morrer por não beber água?”

Artigo I Por Doutor Jémison Santos* para o Cultura&Realidade

Vivemos em tempos de “aquecimento global e intensificação dos eventos extremos” (ONU, 2023), que ameaça tornar nosso mundo um lugar mais ardente. Os dados e informações sobre como isso ocorreu são bastantes robustos. Notadamente, por conta de uma atmosfera cada vez mais quente e dinâmica, intensidades maiores de inundações, ondas de calor, secas, tempestades e incêndios florestais.

Os dados mais atuais revelam que as temperaturas globais seguem subindo e os anos entre 2015 e 2022, constituem os oito anos mais quentes desde o monitoramento climático em 1850. Contudo, essa elevação da temperatura aconteceu mesmo no contexto climático de três anos de La Niña, segundo a Organização Mundial de Meteorologia – OMM.  

O ano de 2023 foi o mais quente da série histórica desde 1961, afirma o Inmet. Mas é importante destacar o alerta sinalizado pelo secretário-geral da ONU, que se refere ao “corte de emissões mais profundos e rápidos para limitar o aumento da temperatura global a 1,5° Celsius”.

Uma pesquisa realizada, no mês de janeiro de 2024, por especialistas do Brasil e Portugal apontou que as elevadas temperaturas causaram 48 mil mortes no Brasil, entre os anos de 2000 e 2018. Foi revelado que pessoas com baixo nível educacional, negras, idosos e mulheres são as mais suscetíveis aos impactos do calor extremo. Para obtenção desses resultados foram investigadas 14 capitais brasileiras, a exemplo da cidade de Salvador (BA), Fortaleza (CE) e Recife (PE), dentre outras.

O estudo também sinalizou que as doenças do aparelho circulatório e respiratório, bem como as neoplasias estão entre os principais fatores de causa dos óbitos registrados na série analisada.

Já o trabalho recente desenvolvido pela equipe do Grupo de Pesquisa GEOLANDS-UEFS ligada ao projeto que investiga às mudanças climáticas/eventos extremos em áreas áridas e semiáridas da Bahia (Centro-Norte) realizou uma visita técnica em campo, entre os dias 21 e 23 de Março de 2024, onde foram registrados elevados valores de temperatura (variando entre 52,4° e 60,6° Celsius), na sede e áreas rurais dos municípios de Chorrochó e Macururé, bem como na zona rural de Campo Formoso em Lagoa Branca (valores variaram entre 37,1 a 41,3° Celsius, às 15:00) em condições de tempo nublado, no dia 23 de março de 2024).

No Sábado e Domingo, dias 16 e 17 de março, o Rio de Janeiro literalmente ferveu, sensação térmica de, 60,1 ° Celsius; 65,3° Celsius, registrado na Estação climatológica de Guaratiba (Zona Oeste), exatamente às 9:55 hs. Essas temperaturas tão elevadas haviam ocorrido em 2014 (62,3° Celsius), segundo Centro de Operações Rio.

Curiosamente dia 16 de março é o dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. Logo, essa data se reveste de suma importância devido à necessidade imediata de popularização do conhecimento sobre esse tema, pois se constitui um dos maiores desafios da humanidade, que afeta intensamente o planeta e as populações mais vulneráveis (pessoas negras, indígenas, quilombolas e periféricas). Mas, o que fazer diante dessa realidade complexa? Primeiro mudar a forma de se relacionar com a natureza, trabalhar com (redução da emissão de gases de efeito estufa- GEEs) e não contra a natureza (aumento da emissão de GEEs), principalmente, porque a vida em sociedade depende essencialmente de um clima estável.

Crise hídrica nas comunidades indígenas – Foto: Ilustração/Reprodução

Em tempos de ondas de calor e enchentes avassaladoras, se faz urgente que gestores públicos, privados e políticos façam acontecer um clima mais confortável, pois devemos lembrar que nem todos têm condições ou privilégios para usufruir de um lar com infraestrutura que proporcione segurança, conforto térmico e bens de consumo duráveis (p.ex: ar-condicionado) ou até serviços privados.

Para tanto, é preciso que estes aprimorem os comportamentos possíveis para selecionar bem os objetivos, que possibilitem construir um Estado disposto a exercer ao máximo sua vontade de combater a crise climática aliada às desigualdades sociais; priorizar o equilíbrio ambiental; estruturar e disponibilizar recursos financeiros para atender às populações mais vulneráveis, nos quatro cantos do mundo.

Sobremaneira, não se enfrentará/resolverá os desafios das mudanças climáticas sem tratar as causas estruturais e desigualdades socioespaciais. Também não se deve insistir com a atitude de resistência institucional ao abordar questões políticas e dos conflitos das mudanças climáticas, pois os modos de adaptação não dão conta das sérias questões socioeconômicas do nosso país. Não é mais possível aceitar que as ciências sejam colocadas/engessadas às limitações do campo administrativo (Dulcos, 1992).

Vocês já se perguntaram onde a população pobre ou em situação de rua e o conjunto da população vulnerável obtém água para consumo? A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que cada pessoa consuma água potável e em quantidade diária suficiente (02 litros por dia, em geral). Diante desses dados, como fica essa população vulnerável? Uma garrafa de água de 500 ml, varia entre dois e cinco reais, dependendo do local de consumo nas cidades brasileiras. Como e onde essa população obtém água de qualidade e em quantidade suficiente? Pois, as constantes ondas de calor e temperaturas elevadas, a falta do consumo de água, em quantidade e qualidade ideal, elevará o número de mortes das pessoas mais vulneráveis.

Por isso, enquanto sociedade, academia, etc., devemos exigir que “os governos Federal, Estadual e Municipal e a iniciativa privada passem a agir urgentemente para garantir o acesso à água gratuitamente, nos bairros periféricos e nas áreas centrais das cidades, instalando bebedouros públicos, em áreas públicas, nas cidades e municípios brasileiros” (Santos, 2024), ou continuaremos assistindo parte expressiva da população pobre, historicamente excluída e vulnerabilizada do nosso país morrer por não beber água?

(*) – Jémison Santos – Coordenador do Grupo de Pesquisa Ciência, Tecnologia em Evolução da Paisagem e Solos (GEOLANDS-UEFS), Coordenador do Setor de Geografia do IGHB-BA, Doutor em Geografia pela UFF e Universidade de Coimbra (UC), professor da UEFS. Email: jemisons@uefs.br

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