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Não existe vacina contra a ignorância, mas celebremos

REDATOR by REDATOR
27 de novembro de 2020
in COLUNAS
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DA REDAÇÃO | O antagonista

É preciso valorizar as boas notícias. Elas são normalmente raras, mas escassearam ainda mais neste 2020 que, felizmente, está chegando ao fim com testes de vacinas contra a Covid-19 que demonstram a sua eficácia e segurança. A vacina da americana Pfizer, desenvolvida com a alemã BioNtech, tem 95% de eficácia; a da americana Moderna, 94,5%; a da chinesa Sinovac, 97%. Em breve, saberemos o grau de eficácia da vacina da inglesa AstraZeneca, criada em parceria com a Universidade de Oxford. O dado extraordinário é que, até a divulgação dos resultados dos testes, considerava-se que já seria um grande sucesso se essas vacinas obtivessem 50% de eficiência.

A criação desses imunizantes partiu do zero, com exceção do da AstraZeneca/Oxford, cuja base é um composto inicialmente formulado para combater outro coronavírus causador de síndrome respiratória aguda. Os médicos e pesquisadores tiveram de identificar a estrutura de um agente patogênico desconhecido cujo comportamento é diferente de todos os demais com os quais tiveram de lidar — ele pode não causar nada em certas pessoas, nem mesmo sintomas de um resfriado, enquanto leva outras a internações extremamente longas em unidades de terapia intensiva. Muitos pacientes morrem. Neste exato momento, de acordo com o site Worldometers, foram registrados 61 milhões de casos de Covid-19 ao redor do mundo, com 1.4 milhão e óbitos. É uma hecatombe.

Diante das dimensões da pandemia, que colocou populações inteiras em lockdown, paralisando a existência e a economia, a corrida da ciência foi contra o tempo. E ela venceu o desafio. Em apenas oito meses, foram produzidas vacinas que, normalmente, tomariam uma década para serem descobertas e testadas. Mais: as vacinas da Pfizer e da Moderna são uma novidade também em matéria de método: não utilizam um pedaço de vírus morto, como as tradicionais, mas material genético que “ensina” as células humanas a produzir uma proteína que impede o agente patogênico de entrar no seu interior e, dessa forma, replicar-se no organismo. É um princípio que abre uma miríade de possibilidades para o enfrentamento de outras doenças causadas por vírus.

O esforço agora é o de produzir doses suficientes para imunizar bilhões de pessoas e o de distribuí-las em tempo hábil para que os países voltem à normalidade. Para que a logística seja perfeita, os governos precisam trabalhar em sintonia, ao contrário do que vem ocorrendo com a adoção de medidas restritivas descoordenadas no plano internacional e mesmo nacional, como evidenciam o Brasil e os Estados Unidos. Essa pandemia deveria deixar como lição que vírus não respeitam fronteiras.

A ciência também não tem fronteiras ou nacionalidade, ainda bem. O fato de os laboratórios terem sedes nacionais não deveria servir para mascarar que os pesquisadores que neles trabalham são provenientes de vários países e culturas — e que a troca de informações entre cientistas de diferentes partes do planeta é mostra de que as conquistas não podem ser consideradas desta ou daquela nação, mas da globalização da ciência em todos os níveis. A BioNtech é exemplar: a empresa alemã que se associou à americana Pfizer foi criada por dois pesquisadores descendentes de turcos que foram tentar a sorte na Alemanha. Posta em xeque no início da pandemia, em especial por líderes populistas nacionalistas, a globalização provou ser fundamental na ciência, assim como continuará a ser na economia.

Médicos e enfermeiros que enfrentam a Covid-19 na trincheira dos hospitais, com o sacrifício de vidas, e cientistas na fronte das pesquisas tiveram e ainda têm de superar outro inimigo poderoso: o obscurantismo. A pandemia nos faz constatar que, por mais que a ciência avance, sempre haverá uma parcela da humanidade que se deixa dominar pela ignorância e o culto à personalidade de gente tão idiota quanto perigosa. Não há vacina completamente eficaz contra essa doença, porque ideias mortas sempre produzem mais fanatismo do que ideias vivas, como disse o escritor italiano Leonardo Sciascia. Mas celebremos: a vitória mais uma vez é da ciência.

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