• INÍCIO
quinta-feira, julho 3, 2025
  • Login
Cultura & Realidade
  • INÍCIO
  • IRECÊ
  • POLÍTICA
  • EDUCAÇÃO
  • SAÚDE
  • COLUNAS
No Result
View All Result
  • INÍCIO
  • IRECÊ
  • POLÍTICA
  • EDUCAÇÃO
  • SAÚDE
  • COLUNAS
No Result
View All Result
Cultura & Realidade
No Result
View All Result

Novo “embaixador” da Santa Sé, é acusado por se manter em silêncio sobre caso de corrupção e estupro

REDATOR by REDATOR
15 de janeiro de 2021
in BRASIL
0
Home BRASIL
Compartilhe no FacebookCompartilhe no Whatsapp
ADVERTISEMENT

Líder católico, Diquattro foi pressionado e acusado por fieis e grupos religiosos por se manter em silencio sobre crimes de corrupção e estupro acometidos por entidades da igreja

DA REDAÇÃO | Brasil de Fato

Dom Giambattista Diquattro foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em Brasília, no último dia 7 de janeiro. O religioso é o novo núncio apostólico do Brasil, o representante diplomático permanente da Santa Sé no país, e substituirá Dom Giovanni D’Aniello, que deixa o cargo após oito anos.

Aos 66 anos, Diquattro, que é italiano de Bolonha, chega de uma conturbada passagem pela Índia e Nepal, onde também ocupou o cargo de diplomata da Santa Sé entre janeiro de 2017 até agosto de 2020, quando o Papa Francisco anunciou sua mudança para o Brasil.

Nos bastidores da Igreja Católica no país, o desembarque de Diquattro em Brasília foi comemorado pela ala mais à direita da igreja católica no Brasil e vista com cautela pelos progressistas.

“Ele é muito conservador e terá alinhamento com o governo brasileiro. Ao mesmo tempo, estará distante dos rumos tomados pela CNBB em nosso país”, afirmou um bispo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que pediu para não ser identificado.

O núncio apostólico cumpre uma agenda similar ao embaixador de outros países, estreitando as relações do Vaticano com chefes de Estado. O cargo também influencia na escolha dos bispos do país.

Antes de Brasil, Índia e Nepal, Diquattri era o núncio apostólico na Bolívia, onde ficou de 2008 até 2017. Antes, de 2005 até 2008, foi o representante do Vaticano no Panamá, onde foi nomeado pelo Papa João Paulo II.


“Despachado” da Índia

O núncio da Índia e Nepal fica responsável pelas relações diplomáticas do Vaticano com os dois países. Na Ásia, Diquattro saiu após críticas severas de católicos. O portal Church Citizen’s Voice (em português, “Vós dos Cidadãos da Igreja”) afirmou que o representante da Santa Sé não foi transferido, mas “despachado” do país.

“O núncio vinha sendo atacado por vários grupos da comunidade católica, que o acusam de inação e proteção a bispos corruptos”, diz o artigo. Um dos grupos citados foi a Associação de Católicos Preocupados, que chegou a escrever uma carta ao núncio pedindo sua saída imediata, reconhecendo que “falhou em cumprir seus deveres.”

A carta, assinada pelo então secretário-geral da organização, Melwyn Fernandes, citava rumores de que o núncio teria coletado “enormes quantias de dinheiro de bispos criminosos” como suborno, além de questionar sua hesitação diante de casos de violência sexual e corrupção entre bispos.

“É do interesse dos católicos da Índia que você renuncie, uma vez que não reconhece nenhuma das informações que recebe sobre bispos criminosos, mais ainda à luz de rumores de corrupção de sua parte. Você é de pouca ou nenhuma utilidade para o católico comunidade da Índia e como diplomata, falhou em sua tarefa”, diz a mensagem.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, é representante da extrema direita, como Bolsonaro. Enquanto esteve no país, o núncio não fez nenhum comentário ou repreensão ao governante, conhecido por incitar a violência religiosa no país e perseguição a minorias religiosas, como católicos e, principalmente, muçulmanos.


Pressão contra Diquattro

Dois meses antes de Diquattro ser transferido ao Brasil, grupos católicos enviaram pelo menos 20 cartas ao Papa Francisco, à Conferência Indiana de Bispos (CBCI) e ao próprio núncio exigindo sua saída.

Na despedida do núncio, nem a CBCI nem Diquattro se referiram a essas pressões, buscando transmitir que elas não tinham relação com a transferência ao Brasil. O presidente da CBCI, arcebispo Filipe Neri Ferrão, agradeceu os “excelentes serviços” do representante do Vaticano, que retribuiu agradecendo os “proveitosos momentos de diálogo, discernimento e comunhão com os bispos da Índia.”

Coordenador do Fórum Católico Indiano e ex-presidente da União Católica Indiana, Chhotebhai concedeu entrevista ao portal National Catholic Reporter (em português, “Jornal Católico Nacional”) celebrando a saída de Diquattro.

“Eu vi a transferência do núncio como uma pequena vitória moral, uma sensação de alívio”, disse, ressaltando que o mandato do religioso, de 21 de janeiro de 2017 a 29 de agosto de 2020, foi o pior da história da Índia.

Antes de passar por Índia e Nepal, Diquattro foi representante do Vaticano por nove anos na Bolívia, nomeado por Joseph Ratzinger, o Bento XVI. As razões de sua transferência para a Ásia, em 2017, não foram divulgadas.

O Brasil de Fato conversou com Chhotebhai, que afirma não conhecer o histórico do núncio em terras bolivianas. Ele acrescenta que não havia envolvimento político aparente do religioso com o primeiro-ministro indiano.

“Ele não era envolvido politicamente com o governo atual e não há nenhuma informação pública de que ele fosse próximo a qualquer político, como parece estar tendo com Bolsonaro, lamentavelmente”, ressalta. “Mesmo aqui na Índia, sabemos como é o comportamento dele [Bolsonaro], como lida nas pessoas, e não só na pandemia, infelizmente.”

Chhotebhai compartilhou com a reportagem a íntegra de uma carta em que detalha alguns escândalos sobre o qual o núncio silenciou na Índia. “A insolência insultuosa de Di Quattro estava em nítido contraste com seu antecessor, Abp Salvatore Pennacchio”, escreveu o indiano. “Se este núncio não tivesse sido transferido agora [ao Brasil], vários grupos reformistas e ativistas da igreja planejavam fazer uma petição ao Ministério das Relações Exteriores para sua remoção.”


Silêncio diante de estupros

As cartas que exigiam a renúncia de Diquattro na Índia e no Nepal se referem, basicamente, a quatro escândalos de grande repercussão ocorridos em território indiano durante seu mandato.

O primeiro diz respeito ao então bispo Gallela Prasad, no estado de Andhra Pradesh, no sul da Índia. Prasad foi acusado de desviar fundos da diocese para levar uma vida de luxo com uma esposa e um filho.

O segundo caso, que teve ainda mais repercussão, foi o do bispo Franco Mulakkal, no estado de Punjab, fronteira com o Paquistão. Mulakkal foi acusado de estuprar uma freira várias vezes. Outros dois escândalos envolviam bispos em Karnataka, sul da Índia, e Jalandhar, acusados de corrupção.

Diquattro foi pressionado pelas comunidades católicas a assumir uma postura firme sobre as quatro acusações, exigindo apurações rigorosas. Sobre o caso Mulakkal, especificamente, o núncio foi chamado a proteger a sobrevivente de estupro e outras cinco colegas, também freiras, que saíram em defesa dela. Até hoje, o representante do Vaticano não se posicionou nem respondeu às cartas.

Melwyn Fernandes, em entrevista ao National Catholic Reporter, chegou a dizer que Diquattro se comportava como “um senhor colonial branco, inacessível a seus súditos, enquanto os escândalos envolvendo bispos destroem a credibilidade da igreja na Índia”.

Chhotebhai, ouvido na mesma matéria, afirmou que o “silêncio [de Diquattro sobre o caso Mulakkal] significa consentimento, portanto conluio e conspiração, o que é um crime segundo o Código Penal Indiano.”

Sobre este caso, as organizações Fórum dos Religiosos pela Justiça e Paz e Irmãs em Solidariedade, associação de mulheres católicas, também tentaram acionar o núncio várias vezes, sem resposta.

Dom Giambattista Diquattro não foi localizado para comentar as acusações.

Tags: Brasildestaque
Previous Post

Vacinação começa na próxima quarta-feira (20), diz ministro a prefeitos

Next Post

Greve nacional dos caminhoneiros é confirmada para 1º de fevereiro

Next Post

Greve nacional dos caminhoneiros é confirmada para 1º de fevereiro

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Ultimas notícias

São João de Irecê, tradição e inovação da melhor festa junina

São João de Irecê, tradição e inovação da melhor festa junina

25 de junho de 2025
Em mais uma noite de sucesso de artistas da cidade e grandes atrações

Em mais uma noite de sucesso de artistas da cidade e grandes atrações

21 de junho de 2025
Músicos de Irecê e João Gomes, marcam o segundo dia de festa em Irecê

Músicos de Irecê e João Gomes, marcam o segundo dia de festa em Irecê

20 de junho de 2025
Show marcante de Simone Mendes, no melhor Sanju

Show marcante de Simone Mendes, no melhor Sanju

19 de junho de 2025
Encontro de gestores em educação reflete políticas de alfabetização

Encontro de gestores em educação reflete políticas de alfabetização

18 de junho de 2025
Morte de João da Cruz repercute em toda a Bahia

Morte de João da Cruz repercute em toda a Bahia

18 de junho de 2025

Urgente

STF frustra professores, que esperavam receber 60% dos precatórios Fundef

24 de março de 2022

Tem criminosos aplicando o golpe do emprego com a marca do Sebrae

21 de março de 2022

Elmo Vaz e Luizinho deverão disputar as eleições deste ano

6 de março de 2022

Acidente mata mãe e filha entre Lapão e Irecê

7 de fevereiro de 2022

S. Francisco: comunidades ribeirinhas podem ser submersas

14 de janeiro de 2022

Polêmica em Central: prefeito é cassado e vice toma posse

13 de janeiro de 2022
Cultura & Realidade

Copyright © 2025, Jornal Cultura & Realidade

Navegação

  • Política de privacidade
  • Termos de uso
  • Fale Conosco

Siga-nos

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
No Result
View All Result
  • INÍCIO
  • IRECÊ
  • POLÍTICA
  • EDUCAÇÃO
  • SAÚDE
  • COLUNAS

Copyright © 2025, Jornal Cultura & Realidade