– Pais de alunos de escolas particulares reclamam de abuso dos preços de material didático e especialmente porque não podem ser reaproveitados. “Conhecimentos históricos, reportados nos módulos e livros ‘anuais’, que não se alteram repentinamente, são tratados como produtos perecíveis” –
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade
Uma das angústias de muitos pais de estudantes de escolas particulares, são os custos para manutenção dos filhos nas escolas, fato com ocorrência em todo o País. Além dos elevados custos com as mensalidades, pesam no orçamento o valor dos materiais didáticos, definidos pelas diferentes unidades de ensino, cada qual com seus métodos, produtos e conteúdos. Livros ou módulos, tem sido tormentos para os pais, especialmente em tempos de crise, em que os ganhos não acompanham o mesmo ritmo do custo de vida.
Em Salvador, pais de uma escola resolveram contestar os valores e até procuraram o Ministério Público Estadual para denunciar supostos abusos. A atitude dos pais repercutiu em Irecê e já tem pais pensando em adotar igual procedimento.
Para ele, “não há mudanças relevantes nos materiais, que justifiquem não os validarem ao menos por dois anos seguidos. E quando há, não são relevantes, a ponto de não poderem ser perfeitamente complementadas”, conclui.
Quem noticiou a iniciativa dos pais da Capital, foi o jornalista Pedro Moraes, do portal Bocão News. Leia na íntegra a matéria reproduzida pelo Cultura&Realidade.
Não é novidade para ninguém que as mensalidades de várias escolas particulares de Salvador têm altos valores. Porém, em uma unidade de ensino de educação de Salvador, pais e responsáveis estão insatisfeitos com o valor cobrado pelo material didático de seus filhos. Trata-se do Colégio São Paulo (CSP), situado na Rua Luís Portela da Silva, no bairro Itaigara, em Salvador.
Uma denúncia enviada ao BNews relata que o investimento em livros escolares, do material Poliedro, que custava em torno de R$ 1.000, alcançou a marca de R$ 3.700. Além disso, o denunciante conta que os pais tentaram entrar em um consenso com a direção da escola, porém, após algumas reuniões realizadas, os diretores da unidade apenas afirmaram que este é o melhor material disponível no mercado.
“A situação é ainda mais grave em razão da imposição do material, que custa uma fortuna e não pode ser reaproveitado de um ano para o outro. Eles alegam que existem atualizações todos os anos. Isso não existe. Não tem como eles mudarem a Matemática, Física, Química, etc. todo ano. Nem mesmo a forma de abordagem é possível mudar todos os anos. Essa foi uma forma que eles encontraram de lucrar ainda mais. Alguns pais irão tirar os filhos da escola em razão dessas atitudes desleais da escola”, relata o denunciante.
Por meio de uma carta enviada ao Ministério Público Estadual (MPE) na última segunda-feira (5), os pais desejam alternativas no valor cobrado pelo material didático e reajuste da mensalidade acima do dobro da previsão da inflação deste ano.
O Colégio São Paulo comunicou, por meio de nota oficial, que o material didático adotado “é cuidadosamente validado pela equipe acadêmica, garantindo a máxima qualidade de ensino aos alunos”.
Confira a nota na íntegra:
“O material didático adotado pelo Colégio São Paulo é cuidadosamente validado pela equipe acadêmica, garantindo a máxima qualidade de ensino aos alunos. A escolha das coleções segue o posicionamento estratégico que o Colégio São Paulo já vinha implementando nos últimos anos, como a adoção do projeto bilíngue de Cambridge, por exemplo. Reforçamos que a compra das coleções didáticas não é obrigatória e pode ser realizada em outros pontos, inclusive, diretamente com o fornecedor. Mas, temos a obrigação ética de esclarecer às famílias que os livros são fundamentais para que os alunos acompanhem as aulas de forma satisfatória. Sensível ao orçamento das famílias, a direção do Colégio São Paulo está realizando atendimentos acolhendo as demandas trazidas em relação a valores. Estamos de portas abertas e parceiros como sempre fizemos ao longo dos nossos 45 anos, sem abrir mão da evolução do ensino.”
A instituição afirmou que a “compra das coleções didáticas não é obrigatória e pode ser realizada em outros pontos, inclusive, diretamente com o fornecedor”.