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SECA: a crise que assola o campo, ainda não se reflete no comércio

REDATOR by REDATOR
5 de abril de 2025
in AGRONEGÓCIO, ECONOMIA, IRECÊ, MEIO AMBIENTE
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Home AGRONEGÓCIO
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– A região de Irecê enfrenta uma das maiores crises hídricas da sua história, dizimando praticamente todas as culturas em regime de sequeiro. Apesar dos impactos no campo, que afetam a pecuária e as diferentes cadeias agrícolas, o comércio ainda não sentiu seus efeitos –

DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade

O semiárido brasileiro passa por uma das mais agudas crises climáticas da sua história, podendo ser a mais severa dos últimos 40 anos. Embora tenha chovido aproximadamente 400mm este ano, na região de Irecê, segundo dados fornecidos pela Codevasf – Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, “as precipitações não foram bem distribuídas, com a maioria das localidades percebendo menos de 200mm, neste ano agrícola de 2024/2025”, afirmou o gerente do escritório regional da empresa, Luiz Alberto Barbosa.

Os impactos tem afetado diretamente as atividades rurais, como agricultura e pecuária. Os criadores estão preocupados com a falta de oferta de alimentos para os animais. “Vai ser muito difícil segurar todo o rebanho na entressafra. Quem seguiu as orientações técnicas e de gestão do sistema Faeb/Senar, especialmente na gestão do uso de recursos hídricos e implantação de reserva estratégica para a nutrição animal, sofrerá menos, mas todos nós já estamos sendo impactados”, diz Washington Queiroz presidente da COOAGRI – Cooperativa Agropecuária da Região de Irecê.

De acordo com ele, 90% dos sócios da Cooagri, que plantaram em regime de sequeiros, perderam até dois plantios de milho. Não se tem indicadores oficiais, mas prestadores de serviços de manutenção em bombas submersas noticiam secamento de poços e rebaixamento acentuado dos níveis hídricos do subsolo.

Irrigação refazendo planos – Irrigantes tradicionais, das mais diferentes categorias, de micro a grande olericultor, já sentem os efeitos da seca. Entre eles, a orientação é reduzir a área plantada, para não ter que parar integralmente. “Estamos vivendo momentos de apreensão. Todos nós estamos sentindo os efeitos da seca, que se somam aos desafios da burocracia para regularização ambiental das nossas atividades”, pontua Isaias Araújo Freitas (Fifa), do Informativo Agrícola dos Irrigantes. Segundo ele, todos os olericultores em regime de irrigação estão refazendo os planos para este ano.

Presidenta da Copirecê, Zene Vieira e o presidente do Sindicato Rural, João Gonçalves, avaliam os impactos da seca nos campos produtivos da região – FOTO: Copirecê

Copirecê busca equilibrar estoque com produção externa – Líder na região na assistência técnica e distribuição de sementes de milho para produção de milho não transgênico e líder na Bahia na comercialização de derivados de milho livre de transgenia, a Copirecê também está enfrentando os desafios da prolongada estiagem. De acordo com a presidenta Zene Vieira, de 200 unidades produtivas parceiras, em regime de sequeiro, apenas 1% conseguiu obter colheita, mesmo assim, com baixa qualidade/produtividade.

Indústria da Copirecê prevê redução de estoque da segurança produtiva dos derivados – Foto: João Gonçalves

“A nossa esperança para manter o estoque da matéria prima para a área industrial, está nas 50 unidades produtivas que cultivam milho irrigado e a expectativa da safra de inverno na região Nordeste do estado, onde temos produtores parceiros nos municípios de Ribeira do Pombal, Monte Santo, Tucano, Euclides da Cunha, Cícero Dantas, Adustina e Paripiranga” disse a dirigente. Ela informou ainda, que mesmo ocorrendo sucesso junto a estes parceiros, o estoque mantenedor da capacidade operacional da indústria Copirecê sofrerá uma redução de aproximadamente 30%.

Levantamento feito pela Copirecê, registrou que das 400.000 hectares agricultáveis nos municípios da região de Irecê (Censo Agrícola, 2017/IBGE) , apenas 125.344 foram cultivadas no presente ano agrícola, em regime de sequeiro, ocorrendo perdas de 98% dos plantios, inclusive de feijão. “A situação se agrava, do ponto de vista econômico, porque 70% dos agricultores, acreditando nas previsões e chuvas, plantaram duas vezes, acumulando prejuízos e dívidas”, concluiu.

Cultura de mamona, em regime de sequeiro, algumas áreas totalmente perdidas, outras com redução de até 90% da capacidade produtiva – Foto: Sindicato Rural de Irecê/SINPRI

Milho, feijão e mamona perdidos – No âmbito das famílias assistidas pelo Sindicato Rural de Irecê, em Assistência Técnica e Gerencial – ATeG, por meio de convênio com o Sistema Faeb/Senar-BA, a situação é também desoladora. Das mais de 1.200 famílias atendidas neste ano, cerca de 760 realizaram plantios de milho com safra totalmente perdidas. Cerca de 80% destas famílias semearam duas vezes e 15% três vezes, todas com 100% de perdas. Aquelas que também plantaram feijão, no mesmo método, também perderam a totalidade dos plantios.

Entre as famílias que produzem mamona, em regime de sequeiro, de acordo com relato do Sindicato Rural de Irecê, as perdas estão inviabilizando a cultura para o presente ano agrícola. Somente em um grupo de 28 famílias assistidas no município de Uibaí, o cenário se apresenta com perdas quase que absolutas. Neste grupo, a primeira colheita da cultura, na safra 22/23, foram colhidas 91 mil quilos de grãos, na segunda os efeitos climáticos já anunciavam prejuízos, com colheita de apenas 35% do aferido na safra anterior e para a safra 24/25, a previsão é de colheita inferior a 27%.

Este cenário é considerado universal entre os demais produtores da oleaginosa do mesmo período. Já as famílias que semearam em entre 2024/2025, a situação é pior. Parte das sementes sequer germinaram e os que se aproximam da primeira colheita, afere baixa produção, com cerca de 95% dos grãos que não atendem as especificidades técnicas para o seu aproveitamento, por perda de qualidade.

Maria Lúcia Gonçalves, presidenta da ACE: “Crise ainda não afetou o setor comercial, mas é preocupante para o segundo semestre” – Foto: Arquivo

APESAR DA CRISE NO CAMPO, O COMÉRCIO VAI BEM

Os segmentos comerciais e de prestação de serviços, no mercado de Irecê, ainda não sentiram os efeitos da crise que assola o meio rural. De acordo com Roberto Alves, secretário executivo da Casa do Comércio e Câmara dos Dirigentes Lojistas de Irecê/CDL, o fluxo de negócios no comércio de Irecê continua dentro da normalidade. “Irecê tem uma diferença dos demais municípios da região, porque se tornou um portal de negócios, fortalecido especialmente pela movimentação dos recursos oriundos dos repasses dos programas sociais, aposentadorias e serviços públicos que circulam na macrorregião, que estimulam diversas cadeias de negócios e prestação de serviços. A agricultura e pecuária são bases importantes, mas creio que os efeitos das suas dificuldades momentâneas, provavelmente serão sentidos no segundo semestre”, pontuou.

A presidenta da Associação Comercial de Irecê, Maria Lúcia Gonçalves concorda com o secretário da Casa do Comércio. “Nossos associados ainda não apresentaram apontamentos de baixa nos seus negócios. Apesar da crise eminente, estamos realizando em Irecê, muito provavelmente, uma das maiores exposições agropecuárias da série histórica da Associação de Pecuaristas, prevista para o período de 24 a 27 deste mês”, disse.

Gerente de uma das mais tradicionais lojas do comércio de Irecê, especializada em atender diferentes setores das atividades agrícolas e pecuária, James Batista ratificou a fala dos dirigentes. “Ainda não sentimos os impactos da crise climática em nossos negócios. Porém, a situação é preocupante, pois, nunca vimos tanta notícia de poço secando ou rebaixando, já no mês de fevereiro. Podemos anotar pelo menos 25 poços que já secaram e mais de 100 que seus proprietários informaram rebaixamento. Geralmente isso ocorre a partir do segundo semestre”, concluiu.

DR. SOUZA, Secretário Executivo da UNIPPI, na coordenação da reunião do dia 11 de março, para o DESENROLA BRASIL

MOVIMENTOS SOCIAIS ACIONAM GOVERNANÇA

Durante reunião promovida pela Associação de Prefeitos, com secretários municipais de agricultura e meio ambiente e gerentes de bancos, articulada pelo secretário executivo da Unippi, Dr. Reinilton Souza, ocorrida dia 11 de março no auditório do Centro de Capacitação Regional do Sistema Faeb/Senar/Sindicato Rural de Irecê, para debater o Desenrola Brasil, o presidente do Sindicato Rural de Irecê João Gonçalves apresentou o cenário da crise hídrica na região de Irecê, propondo aos atores sociais e órgãos que representavam naquele encontro, a emissão de proposições aos agentes políticos e órgãos governamentais, adoção de medidas prevendo a minimização dos efeitos que serão causados, em especial às famílias do campo.

A proposição teve o apoio unânime dos participantes e a adesão direta da Associação dos Prefeitos, que realizou encontro na semana seguinte, do Codeter – Coordenação de Desenvolvimento Territorial, por parte do seu coordenador Edimário Oliveira, Copirecê, pela sua presidenta Zene Vieira e a Cooagri, pelo seu presidente Washington Queiroz.

REUNIÃO MISTA DAS COMISSÕES DE AGRICULTURA DA ASSEMBLEIA DO ESTADO E DA CÂMARA FEDERAL

Diante do cenário crítico da região, as Comissões de Agricultura da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, que tem como vice-presidente o deputado estadual Ricardo Rodrigues (PSD) e da Câmara Federal, presidida pelo deputado federal Leo Prates (PDT, decidiram em comum acordo, realizar Audiência Pública conjuntamente, no próximo dia 25, no auditório do Centro de Capacitação Regional, do Sistema Faeb/Senar/Sindicato Rural de Irecê, com presenças de aproximadamente 30 deputados estaduais e federais, órgãos das duas esferas de governo, prefeitos, secretários municipais e segmentos sociais da região, para debater a crise e prospectar ações que minimizem os efeitos da crise, visando minorar os impactos no âmbito das famílias produtoras e da rede de empregos das diferentes cadeias produtivas.

Tags: agriculturaagropecuáriaCrise climáticadestaqueIrecêpecuáriaRegião de IrecêSeca
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