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Os pesquisadores da Universidade Monash disseram que o teste pode determinar se a pessoa está infectada no momento e se já teve Covid-19 no passado. Além de Curvello, a equipe da universidade tem outra brasileira, a doutoranda Diana Alves.
“Nós testamos em baixa escala e todos os testes comprovaram a presença ou a ausência do vírus”, destaca Diana Alves, doutoranda na Universidade de Monash.
O artigo publicado na sexta-feira (17) pela revista ACS Sensors defendeu que entre as aplicações a curto prazo do exame, estão a rápida identificação de casos e rastreamento de contatos. A rapidez na testagem, é apontada por especialistas como a chave para controlar epidemia de Covid-19.
A equipe de pesquisa foi liderada pelo BioPRIA e pelo Departamento de Engenharia Química da Universidade Monash, incluindo pesquisadores do Centro de Excelência ARC em Ciência Convergente BioNano e Tecnologia (CBNS).
O teste utiliza 25 microlitros de plasma de amostras de sangue para procurar aglutinação ou um agrupamento de glóbulos vermelhos que o coronavírus causa.
Enquanto o teste atual de swab (cotonete) é usado para identificar pessoas infectadas com o coronavírus, o ensaio de aglutinação — ou análise para detectar a presença e a quantidade de uma substância no sangue — também pode determinar se alguém foi infectado recentemente, após a infecção ter sido curada, eles disseram.
Centenas de amostras podem ser testadas a cada hora, disseram os pesquisadores, e eles esperam que ele também possa ser usado para detectar um aumento de anticorpos criados em resposta à vacinação para ajudar nos ensaios clínicos.
Uma patente para a inovação foi registrada e os pesquisadores estão buscando apoio comercial e do governo para aumentar a produção.
“Quando a gente é criança, a gente quer fazer a diferença no mundo. E a gente não sabe como. Por isso, eu escolhi ser cientista, escolhi a ciência. Como esse teste é rápido, ele é mais barato, nós podemos atingir o nosso país, que é o Brasil, e outros países”, afirma Diana.