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As áreas de cultivo no mundo e a falácia dos transgênicos

REDATOR by REDATOR
14 de dezembro de 2020
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A produção de sementes transgênicas se mantém concentrada em apenas 13% do total de terras cultiváveis

DA REDAÇÃO | Brasil de Fato

As sementes transgênicas, em especial de grãos, são aquelas sementes que sofreram mutações genéticas em laboratório, para se transformarem em plantas mais resistentes ao uso de determinados agrotóxicos. Assim, as pesquisas, a produção e a difusão dessas sementes modificadas são patrocinadas pelas grandes corporações mundiais que também produzem os agrotóxicos, como a Monsanto/Bayer, Basf, Syngenta, apenas para ficar entre as principais.

A adoção de sementes transgênicas leva, necessariamente, ao aumento do uso de agrotóxicos e, com isso, a destruição da biodiversidade nas áreas, trazendo como consequência todo tipo de desiquilíbrio ambiental, desde a destruição da vida, a contaminação das águas, da atmosfera, até das chuvas (pelo agrotóxico secante que evapora e sobe às nuvens) e das mercadorias produzidas.

Além disso, o reconhecimento do direito à propriedade privada das empresas sobre essas sementes obriga o pagamento de royalties na hora da colheita em todo mundo, que variam de 2 a 8% do valor da produção.

Essas empresas ainda utilizam muitos recursos para viabilizar esse grande negócio. Está comprovado que compraram inclusive pareceres técnicos de “cientistas” que venderam seus artigos para justificar que as sementes transgênicas não traziam problemas.

Mesma prática adotada no passado pelas fábricas de cigarro, que compravam pareceres de médicos para dizer que o tabaco não produzia câncer. E milhões de pessoas morreram com essa doença em seus pulmões provocados pelo tabagismo.

Gastaram milhões de dólares em propaganda, na imprensa burguesa e em meios de comunicação de massa, afirmando que os transgênicos aumentariam a produtividade, a renda dos agricultores e eliminariam a fome.

Nas últimas duas décadas, os transgênicos foram tomando conta da agricultura de grãos, mas nenhuma dessas promessas foram cumpridas. Ao contrário, aumentaram os desiquilíbrios climáticos, o monocultivo eliminou a biodiversidade e a fome atinge um número ainda maior de pessoas.

E também as pragas se mostraram cada vez mais resistentes e os agricultores precisam aplicar cada vez mais agrotóxicos. As empresas agradecem eufóricas. Graças à essas manipulações midiáticas foram criadas o senso comum de que agora, na agricultura, toda a produção é transgênica e, portanto, melhor; o progresso da tecnologia.


Mas a realidade é outra

Segundo as informações da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o planeta utiliza mais de 1,5 bilhões de hectares para cultivos, o que representa 11,62% do território mundial com aproximadamente 3,1 bilhões de pessoas que vivem no meio rural (40% da população mundial), em 193 países.

A FAO divide os usos da terra nos segmentos: agrícolas, cultivadas, arável, florestal, outras terras, águas interiores e áreas com agricultura orgânica.

As áreas florestais apresentaram um valor de mais de 4 bilhões de hectares e as áreas destinadas para agricultura orgânica no planeta somaram 71 milhões de hectares. Na tabela abaixo é possível ver os principais países em função daqueles com maiores áreas cultivadas, a partir dessa distribuição.

A Índia é o país que possui a maior área cultivada, atingindo 169,4 milhões de hectares, o que representa mais de 51,5% de seu território e 10,8% da área cultivada no mundo.

Após a Índia, temos os EUA cultivando em 160,4 milhões de hectares, o que representa 16,32% de seu território e 10,23% da área mundial cultivada. Em terceiro lugar temos a China, com 135,7 milhões de hectares, cultivando em 14,13% de seu território e em 8,7% da área mundial cultivada.

O Brasil é o quinto colocado em termos de área cultivada, com a utilização de 7,46% do território. Em 2018, o país usou 63,5 bilhões de hectares para o cultivo, o que representou uma participação de 4,05% da área cultivada no mundo.

Voltando à parcela cultivável mundialmente, dos 1,5 bilhões de hectares, apenas 190 milhões são cultivados com sementes transgênicas, ou seja, apenas 13% da área total cultivada no mundo.

Dos 193 países, somente 29 adotam sementes transgênicas. Muitos países da Europa, inclusive, já estão começando a proibir, por exemplo, o milho e o trigo transgênico, por estarem diretamente ligados à dieta alimentar das pessoas. Assim como as variedades de arroz transgênico estão proibidos na maioria dos grandes países produtores.

Entre as nações que utilizam as sementes transgênicas, 90% de toda área mundial de transgênicos estão concentradas em apenas cinco países: EUA, com 71,5 milhões de hectares, Brasil, com 53 milhões de hectares, Argentina, com 24 milhões de hectares, Canadá, com 12,4 milhões de hectares, e a Índia, com 12 milhões de hectares, totalizando 173 milhões de hectares.

Cerca de 90% da área de transgênicos são cultivas com sementes de milho, soja, algodão e variedades de cana-de-açúcar e de feijão.

A boa notícia, depois da expansão crescente da área nos últimos 20 anos, ainda que concentrada em apenas cinco países, é que na safra de 2019 houve um recuo de menos 2 milhões de hectares plantados com transgênicos.

No cômputo geral, 71 países admitem consumir produtos transgênicos, sendo que 42 são dependentes de importação de grãos transgênicos. Outros 29 países autorizaram o plantio. Porém, como se viu, essa prática está concentrada nos cinco países dominados pelo modelo do agronegócio, ou seja, do capital financeiro e das corporações transnacionais que controlam os grãos, o algodão e o etanol.

Dessa forma, podemos afirmar que, na realidade, a produção de sementes transgênicas, longe de dominar todo o uso da terra cultivável, se mantém concentrada em apenas 13% do total de terras cultiváveis, desmitificando a falácia construída pelo grande capital que opera no agronegócio em relação as sementes transgênicas.

*O Observatório da Questão Agrária do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social tem o objetivo de compreender e monitorar a ofensiva do capital financeirizado sobre os bens naturais e estruturar as cadeias produtivas do agronegócio no Brasil. Pesquisador responsável: Matheus Assunção.

**Este é um artigo de opinião. Não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Cultura&Realidade.

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