O uso de medicamentos injetáveis para emagrecimento levanta alertas sobre possível redução da eficácia de anticoncepcionais orais, exigindo atenção e orientação médica.
Da Redação | Cultura&Realidade
As chamadas canetas emagrecedoras, utilizadas no tratamento da obesidade e do sobrepeso, tornaram-se cada vez mais comuns no Brasil. Com a popularização desses medicamentos, especialmente entre mulheres em idade fértil, cresce também a preocupação sobre possíveis interações com métodos contraceptivos hormonais.
Esses fármacos atuam, entre outros mecanismos, retardando o esvaziamento gástrico. Essa alteração no funcionamento do sistema digestivo pode interferir na absorção de medicamentos ingeridos por via oral, incluindo a pílula anticoncepcional, que depende da absorção adequada no trato gastrointestinal para garantir sua eficácia.
Outro ponto de atenção são os efeitos colaterais frequentemente associados às canetas emagrecedoras, como náuseas, vômitos e diarreia. Quando esses sintomas ocorrem próximo ao horário de ingestão do anticoncepcional, há risco de redução da absorção hormonal, o que pode comprometer a proteção contra a gravidez.
Diante desse cenário, especialistas recomendam cautela, sobretudo nas primeiras semanas de uso ou durante o ajuste de dose do medicamento para emagrecimento. Em muitos casos, é indicada a utilização de métodos contraceptivos adicionais ou a substituição por métodos não orais, como DIU, implantes hormonais ou anticoncepcionais injetáveis.
Autoridades de saúde e profissionais da área reforçam que a associação entre esses medicamentos deve ser acompanhada por um médico, evitando a automedicação e reduzindo riscos à saúde reprodutiva. A informação adequada é fundamental para que o uso dessas terapias ocorra de forma segura e consciente.
Com informações de Anvisa, estudos clínicos sobre agonistas do GLP-1 e orientações de sociedades médicas






