– Coletivo Somos é fruto da indignação da reduzida ocupação dos espaços de poder pelas mulheres, no âmbito da estrutura da política institucional, a exemplo da Câmara de Vereadores e estruturas do Poder Executivo. É movido por este sentimento, que o movimento realiza a 2ª AFETI – Assembleia Feminista do Território de Irecê –
DA REDAÇÃO | Cultura&Realidade
Com o objetivo de discutir a participação efetiva das mulheres na política, bem como elaborar diretrizes para as eleições de 2024, o Coletivo Somos realiza no sábado, 21, a segunda AFETI. O auditório do Colégio Odete será o palco dos debates, das 8h às 17h.
Pela manhã, haverá o credenciamento, a abertura com mesa institucional, em seguida a mesa “Os desafios da mulher em espaços de poder”. À tarde, a partir das 14h, haverá os grupos de trabalho, divididos em seis eixos temáticos: Educação e feminismo, Políticas de inclusão para mulheres PCDs – Pessoas Com Deficiência, Mulheres nas Eleições 2024, Sociedade civil organizada e proposições de medidas contra à violência às mulheres, Prevenção à violência obstétrica e saúde da mulher e A vez e a voz das crianças na política.
De acordo com Clarissa Bastos, professora da Rede Estadual de Educação, com atuação no CETEP, e uma das principais articuladores do Coletivo Somos, a assembleia tem como objetivo construir um movimento feminista, levantar as pautas do que é importante para as mulheres a partir de uma discussão coletiva. “A gente convida a sociedade e as pessoas públicas, para discutir sobre feminismos, sobre o desenvolvimento que a gente quer para as mulheres no Território de Irecê, este ano, dentro do contexto das eleições municipais”, pontua.
Ela também explicou à reportagem, sobre como o Coletivo Somos nasceu. “Quando ele surgiu, a princípio, veio com a não eleição de mulheres no legislativo de Irecê, o que nos causou indignação em 2020 e a gente precisa inserir essas mulheres na política. De que forma? De forma dialogada, de forma construída e de forma consciente”, ressalta.
“A gente quer que mulheres se candidatem, que mulheres votem em mulheres. E que sejam mulheres de luta. A gente tem um grande problema na política, colocam as mulheres dentro dos partidos para defender projetos políticos machistas ou muitas vezes são colocadas como ‘laranjas’ ou escada, então, qual é o nosso objetivo? A gente quer entrar na disputa política, para defender as nossas pautas, queremos entrar no páreo dessa disputa pra valer”, finalizou a professora.
O Coletivo Somos é um movimento de mulheres supra partidário. Faz parte da sua Comissão Executiva, a professora Clarissa Bastos, presidente do PSOL em Irecê, Professora Daniela Lopes, filiada ao PT em Irecê e Rubi Santos, filiada ao PCdoB em Irecê.
Por Juliano Carmo – Jornalista multimeios
