Após mais de 4 feminicídios de jovens da região de Irecê nas ultimas semanas, os movimentos e as cobranças por fortalecimento das políticas de proteção às mulheres vêm crescendo.
Da Redação | Cultura&Realidade
Realizado pelo movimento Mulheres na Luta de Uibaí, com participação da UMBU, de sindicatos, do Centro de Referência da Mulher, oficiais da Ronda Maria da Penha e do Coletivo Somos, 1º Movimento das mulheres contra o feminicídio de Uibaí aconteceu por volta das 10 da manhã dessa segunda-feira (18/07) e reuniu várias pessoas para cobrar avanços da rede de proteção para as mulheres. Veja os registros enviados por leitores:
Recentemente, a jovem de Uibaí Beatriz de Jesus Loula, foi assassinada no dia do seu aniversário. A sua mãe, Cláudia de Jesus, esteve no ato e manifestou publicamente a importância de fazer a denúncia e combater o machismo. O movimento acontece como resposta a esse assassinato, mas também para fortalecer a luta pela proteção das mulheres no município e cobrar respostas mais contundentes da sociedade e do poder público, como por exemplo, a instalação de uma Delegacia da Mulher.
Segundo o Coordenador do Colegiado Territorial de Desenvolvimento Sustentável – CODETER, Edimário Machado, a Delegacia Territorial da Mulher foi um pleito aprovado na Escuta Territorial para o PPA 2020/2023, mas não foi acolhido entre as 30 propostas do Território.
Muitas ativistas demonstram preocupação com os casos constantes de abusos, que muitas vezes não são denunciados, causando a sensação de impunidade e que podem acabar escalando em mais feminicídios.
Esse é o segundo ato de rua esse ano contra o feminicídio no território. Houve recentemente uma Marcha que reuniu centenas de pessoas no centro de Irecê.