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Senadores vão insistir na judicialização e no discurso, mas reconhecem que o assunto esfriou.
Da Redação | Juliana Braga, Folha
A oposição vai insistir na defesa da abertura imediata da CPI do MEC, mas reconhece que só um fato novo seria capaz de salvar o colegiado.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou após reunião com os líderes que daria encaminhamento à abertura da CPI, mas que os trabalhos só começariam após as eleições em outubro.
Os senadores que articulam a abertura buscam caminhos jurídicos e devem argumentar que, em outubro, não haveria tempo suficiente para o colegiado funcionar pelos 90 dias previstos no requerimento. Como é fim de legislatura, as CPIs precisam ser concluídas ainda este ano.
Mas, na prática, entendem que o problema é mais político que jurídico. Com o recesso próximo e com o assunto esgotado no noticiário, somente novas revelações poderiam dar o fôlego necessário para os líderes indicarem os integrantes e, com isso, haver o mínimo necessário para os trabalhos começarem.
Apesar da articulação para a CPI do MEC só começar após o período eleitoral de 2022 para evitar que as investigações sejam contaminadas pela votação, o Congresso já abrigou uma CPI em circunstâncias similares no passado.
A CPI Mista dos Sanguessugas foi instalada em junho de 2006, a menos de quatro meses das eleições, para investigar esquema de fraude em licitações para compra de ambulâncias com verba do Ministério da Saúde. Ela funcionou até agosto, em plena campanha eleitoral.