
DA REDAÇÃO | Cultura&Realidade
O ex-prefeito Beto Lelis, que teve uma rápida ascensão política a partir dos factóides que criou no início da carreira política na década de 90, sofre com a mesma estratégia, uma derrocada sem fim. Em frequentes tentativas de retornar ao apogeu, parece não perceber que o uso das mesmas práticas o empurram ainda mais para o ostracismo.
Exemplo disso ocorreu esta semana, durante os serviços cartoriais de regularização fundiária urbana, em Irecê. Ao fazer um manifesto inglório e injustificado, ele causou desidratação eleitoral ao seu aliado Luizinho Sobral (PODEMOS), conforme pelo menos em um grupo familiar, criado no aplicativo de WhatSapp, além da repercussão negativa nas redes sociais, que avaliaram o ato.
Nos prints abaixo, ficou evidente o desgaste que o mesmo promoveu na corrida eleitoral de Luizinho Sobral. Membros de uma determinada família demonstraram a insatisfação, durante e depois do ato, inclusive, alguns mudaram a opção eleitoral.
“Peço a todos que não vote em Luizinho… Veja aí tia, parece coisa de bandido tentando prejudicar nós que somos mais pobres”.
“É hora da gente rever nossos conceitos políticos, olha tia, tava na dúvida. Mais NÃO voto mais em Luizinho só por causa desse Beto… A gente ia dá uma segunda chance a Luizinho mesmo ele sendo ficha suja… temos que ser coerente e Elmo está trabalhando…”
ENTENDA O CASO
Nesta quinta-feira, 01, durante a entrega das escrituras aos beneficiários do “Minha Casa Legal”, programa municipal de Regularização Fundiária Urbana, aconteceu algo inesperado e constrangedor. O ex-prefeito de Irecê e atual coordenador de campanha do candidato Luizinho Sobral (Podemos), Beto Lélis, invadiu o Cartório do Registro de Imóveis para impedir a entrega do documento.
Notavelmente alterado, o mesmo insinuou o ato como corrupção eleitoral e ainda deitou nas cadeiras, impedindo que as pessoas pudessem se acomodar, declarando que o espaço estava fechado.
Após a invasão do espaço, Edilton Almeida, responsável pelo cartório, acionou a Polícia Militar e relatou o caso à promotora Edna Márcia, que comunicou ao juiz Eleitoral. “Todo procedimento vinha sendo feito com total transparência e infelizmente, a população foi a maior prejudicada”.
A cena causou revolta entre os presentes. Uma das beneficiárias, a costureira Rejane Almeida, moradora da Vila Liberdade, parecia não acreditar na cena. “Sempre sonhei com o documento da minha casa própria, e, quando finalmente consigo, vem esse doido aí fazer escândalo sem motivo”, disse, com os olhos cheios de lágrimas.
O Minha Casa Legal, considerado o maior programa de regularização fundiária urbana da história de Irecê, foi lançado em agosto de 2019, e vai beneficiar mais de 2.400 famílias dos bairros Baixão de Sinésia, Félix, Fernandes, Ginásio de Esportes, Nobelino, Novo Horizonte, Paraíso, São Francisco, São José, Silva Pereira, Vila Agrícola e Vila Esperança.
*com informações de Irecê Réporter