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O estalo do Padre Vieira

REDATOR by REDATOR
23 de dezembro de 2021
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– O presente artigo trás os perfis de diversas pessoas que se dizem cristãs, mas precisam com demasiada urgência, do ‘estalo do Padre Vieira’ –

ARTIGO I Cultura&Realidade, por ARLICÉLIO PAIVA*

O Padre Antônio Vieira (1608-1697) nasceu em Lisboa, Portugal e migrou com a família para Salvador quando ainda criança, aos seis anos de idade. O seu pai, Cristóvão Vieira Ravasco, era funcionário da coroa e foi designado para exercer a função de escrivão da cidade. Vieira teve sua educação formal no Colégio dos Jesuítas e iniciou a vida sacerdotal na Companhia de Jesus, em Salvador.

Além de ter grande visibilidade nas atividades religiosas, Vieira foi um destacado orador, pregava com eloquência e publicou ampla e relevante obra literária, envolvendo cartas, sermões, poemas e romances. Apoiava as causas sociais e políticas e era defensor dos direitos humanos na sua época.

Apesar de toda capacidade intelectual na vida adulta, Vieira apresentava enorme dificuldade de aprendizado no início dos estudos. Comparecia à escola sempre com aflição e jamais participava de algum debate durante as aulas. Além de perseverante, Vieira era devoto de Nossa Senhora das Maravilhas, a quem pedia, com fervor em orações, para lhe conceder o dom do aprendizado. No ato de uma das suas orações, Vieira sentiu um “estalo” no seu cérebro, acompanhado de forte dor e agonia. A partir daquele momento, tudo que, até então parecia impossível de aprender, passou a ser compreendido com clareza.

Dessa forma, a expressão “Estalo de Vieira” passou a ser empregada para designar pessoas que necessitam de um “estalo” – uma mudança abrupta para compreensão de determinadas situações óbvias que permanecem inteligíveis –, a fim de terem clareza do real significado das suas opiniões, ações e omissões.

Há um paradoxo, por exemplo, na ação das pessoas que se identificam como Cristãs e abominam todos os outros credos. Ou, então, defendem ideias ou apoiam elementos que disseminam a discórdia, espalham o ódio, difundem a discriminação, defendem a segregação e incitam a violência – ações opostas ao amor, pregado por Jesus Cristo – “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Jesus também defendia a partilha, o perdão, a misericórdia, a piedade, a compaixão, a caridade, a paz. Portanto, agir fora desses preceitos, é contrariar princípios cristãos! Espera-se, portanto, um “estalo” para tais cristãos, de modo que agreguem mais amor e misericórdia à visão que têm do mundo.

Carecem de “estalo” os Cristãos que apoiam as ações eventuais de caridade, ajudando aos mais necessitados, mas que criticam com veemência as políticas públicas, que são mais eficientes para afastar essas pessoas da vulnerabilidade social. Em muitas situações tais programas são tão ou mais importantes do que as ações individuais ocasionais, ainda que feitas com bons propósitos. É igualmente importante estar atentos às origens de tais injustiças, para poder defender ações mais efetivas e duradouras para diminuir a desigualdade social. Os que condenam os auxílios sociais, mas fecham os olhos para as milionárias vantagens obtidas por privilegiados, por caminhos tortuosos, precisam se lembrar de que Jesus pregava a justa partilha.

Precisam de “estalo” os Cristãos que defendem a implantação de pena de morte para determinados delitos. Por outro lado, são tolerantes com os crimes praticados por delinquentes que pertencem aos seus grupos ideológicos. Eles se esquecem de que Jesus, que foi torturado e condenado à morte, era misericordioso e compassivo, jamais incitou o ódio ou a violência.

Necessitam de “estalo” os Cristãos que discriminam pessoas por pertencerem a uma classe social com condição econômica desfavorável – os “Cristãos” aporofóbicos –, que repugnam os pobres; os que têm aversão a indivíduos por terem uma religião que não é a sua; os que desprezam pessoas de outro gênero; aqueles que ofendem pessoas que têm orientação sexual que eles não aceitam; os que se julgam superiores aos indivíduos que pertencem a uma raça que eles consideram como inferior. Todas as pessoas têm direitos iguais e Jesus amparava os pobres, acolhia os abandonados e protegia os afugentados por uma sociedade dominadora e tirana.

Percebe-se que há uma parcela de indivíduos que se considera Cristã e que adota práticas opostas ao cristianismo. Mostram-se quase sempre intolerantes e irredutíveis, agindo à margem dos princípios cristãos, parecendo que, para eles, não existe “estalo” suficiente para que se aproximem do que pregou Jesus Cristo, pois, como disse o Padre Vieira, “Nenhuma coisa desengana a quem quer enganar-se”.

Por fim, há que se ter esperança de que determinadas pessoas tenham o “estalo” de que necessitam e passem a ser acolhedoras, tolerantes e compreensivas, agindo com base no amor pregado e exercitado por Jesus Cristo. Afinal “A mais doce de todas as companheiras da alma é a esperança” (Padre Vieira).

Arlicélio Paiva é professor doutor da UESC, Ilhéus, Bahia.*

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