
– O não pagamento dos 33,24% de aumento ao Piso Nacional de Salário dos Professores, concedidos pelo governo federal em 2022, é a razão da ameaça de paralisação em Ibipeba. Professores alegam falta de diálogo. Prefeitura acolheu o aumento de 15% deste ano, justifica as razões de não assimilar os 33,24% do ano passado e contesta falta de diálogo. –
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade
Professores de Ibipeba saíram pelas principais ruas da cidade, na última quinta-feira, 23, para anunciarem em ato pacífico, que entraram em estado de greve na última terça-feira, 21, reivindicado valorização dos profissionais de ensino e pagamento do Piso Nacional do Magistério, que estabeleceu aumento de 33,24% em 2022 e 14,95% em 2023. Com o aumento concedido pelo Ministério da Educação, no inicio letivo deste ano, o salário base dos professores chegou a R$ 4.420,55 (quatro mil, quatrocentos e vinte reais e cinquenta e cinco centavos).
De acordo com o ex-presidente da APLB/Sindicato, núcleo de Ibipeba, o professor concursado da rede municipal, Elmo Moura, “a categoria entrou em estado de greve para alertar aos gestores municipais que podemos entrar em greve por tempo indeterminado em quinze dias”, informou.
Ainda segundo ele, até a manhã deste domingo, 26, nenhum representante da gestão municipal procurou os professores para dialogar sobre as pautas reivindicatórias.

Procurada pela redação do Cultura&Realidade, a gestão municipal encaminhou nota da Secretaria Municipal de Educação, que fora publicada nas contas das redes sociais da Prefeitura de Ibipeba, onde se manifesta surpresa pela declaração do “Indicativo de Greve” dos professores da Rede Municipal. A prefeitura também encaminhou cópia da Lei 424/2023, sancionada e publicada pelo prefeito Demóstenes Barreto, que assegura aumento de 15% dos salários dos professores, retroativo a 1º de janeiro deste ano e que já pagou o mês de fevereiro com o aumento previsto na referida lei.
Na mesma nota, a secretaria de educação reconhece que não foi possível acompanhar o aumento concedido ao piso nacional no ano passado, de 33,24%, em razão de extrapolar, segundo a nota, a capacidade orçamentária do município.
O órgão municipal de educação afirma também que em reunião realizada no dia 20 de março para fazer uma escuta dos professores, propôs a criação de uma comissão ou a contratação de uma consultoria de interesse da APLB/Sindicato, para a realização de estudos que comprovem a inviabilidade orçamentária em pagar os 33.24% auferidos pelo MEC em 2022.
Os professores da Rede Municipal de Ensino de Ibipeba, conforme afirma Elmo Moura, não concordam com as informações contidas na nota. “Nunca chamaram a categoria para o diálogo e todos sabem que se for comprovada a incapacidade de pagamento, o Ministério da Educação já confirmou que faz o repasse da diferença. Portanto, o que está ocorrendo é um desrespeito aos professores, por isso vamos paralisar as atividades. No momento estamos com indicativo de greve e não queremos paralisar, para evitar prejuízos à comunidade escolar, mas se não ocorrer um entendimento e reparação dos direitos dos professores, infelizmente não haverá outro jeito”, afirma o professor.
Leia abaixo, por inteiro, o teor da nota da secretaria de educação.


O que o prefeito vem fazendo com a categoria não tem explicação, pois já foi feito um estudo pago pelo sindicato APLB e comprovou que tem dinheiro suficiente para pagar o reajuste. O que precisa de verdade é o prefeito cumprir a lei que é direto adquirido pelos professores. Desde 2022 essa luta vem sendo tomada pelos professores e q a prefeitura não tem feito nenhum esforço pra pagar, o prefeito nunca compareceu a nenhuma reunião, além de tudo é mal assessorado.
O município de Ibipeba precisa cumprir a lei e pagar o piso de 33,24% a nós professores que desde o ano passado estamos nessa luta e o gestor nada resolveu.