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‘A Trincheira Infinita’ e o desafio de assegurar a liberdade de expressão

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22 de fevereiro de 2021
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COLUNISTA | Cultura&Realidade, por Diogeano Marcelo de Lima

                A concepção da atual sociedade de direitos não surgiu por acaso, não percorremos um caminho fácil até chegarmos até aqui, a ideia de uma constituição que garantisse direitos e limitasse o poder do estado sobre o povo e assim o protegesse da tirania, do abuso e da barbárie possui a sua origem fragmentada por séculos de erros e acertos de nossa humanidade/desumanidade.

                Com o custo de muito suor, sangue e lágrimas é que hoje estamos mais próximos da garantia dos direitos a vida, a liberdade e a propriedade que nossos antepassados, que jazem em suas covas sequer conhecidas, vítimas da tirania que lhes sonegaram a liberdade de existir.

                Ainda nos bancos da faculdade, eu e alguns colegas debatíamos se seria possível dizer qual dos direitos fundamentais previstos em nossa Constituição é o mais importante, e nesse debate as opiniões se dividiam: a maioria afirmava que era a vida, outros que eram todos iguais, e nesse momento, foi então que um professor que estava passando pelos corredores do Campus, observando o nosso debate, interpelou: “com certeza o direito mais importante é a liberdade de expressão, porque sem ele, você não pode defender nenhum outro.”

                É com essa tônica que quero começar a falar sobre mais uma excelente produção original da Netflix o DRAMA intitulado TRINCHEIRA INFINITA, um filme espanhol dirigido por Aitor Arregi Jon Garaño, ambientado na pequena e remota cidade de Andaluzia, em 1936, ano em que estoura a guerra civil espanhola da qual o golpe de estado leva ao poder o general Franco que inicia um sombrio e sangrento período na história espanhola com a perseguição a qualquer pessoa que questionasse o regime ditatorial franquista.

                É em meio a esse contexto que conhecemos a história de Higino Blanco (Antônio de la Torre), um alfaiate há poucos meses casado com Rosa (Belén Cuesta), que cometeu o crime de ser crítico ao regime franquista.

                O filme é dividido por capítulos nomeados com uma palavra especifica acompanhada com o seu significado formal o que traz ao expectador a ideia geral sobre o tema abordado pelas cenas daquele capítulo. Logo que começa, o filme mostra a perseguição a Higino Blanco (Antônio de la Torre) que tenta desesperadamente fugir até ser denunciado por um vizinho e chega a ser preso.

                Enquanto era levado para a prisão junto com outros “prisioneiros de guerra” uma distração dos guardas o ajuda a fugir do caminhão, partindo então em uma corrida alucinada de volta para a sua casa, local onde fica escondido em um buraco aguardando que o exército aliado desse fim não apenas a 2º Guerra Mundial, mas também a ditadura do general Franco.

                A verdade é que Higino Blanco não está apenas fugindo de uma prisão injusta em razão do seu posicionamento político, mas também de uma quase certa execução, desaparecimento ou misterioso suicídio em uma cela de prisão, algo bastante semelhante ao que aconteceu no Brasil e em outros países da América Latina, durante os anos de chumbo.

                Por seguir as próprias ideias, Higino Blanco viverá por anos de forma precária em um buraco, fazendo suas necessidades em um balde, escondido em sua própria casa, levando o casal a viver em constante medo de serem denunciados até pelos próprios vizinhos.

                O filme possui uma narrativa lenta sem, no entanto, ser entediante, levando o expectador a acompanhar de perto os dramas do casal, não apenas pela perseguição política que sofrem, mas pelos próprios problemas domésticos que vivenciam, vale destacar a trilha sonora do longa, que o fez ganhar na categoria Melhor Som no Prêmio Goya.

                Assim como o próprio longa informa nos créditos, situações idênticas realmente aconteceram na Espanha, onde pessoas ficaram até 30 anos escondidas em buracos na própria casa para não serem mortas pelo regime ditatorial franquista, ficando conhecidos como “toupeiras”.

                TRINCHEIRA INFINITA é um drama que está disponível na plataforma Netflix que nos leva a refletir sobre um importante recorte da história como também abrir os nossos olhos sobre os regimes políticos atuais e por isso vale a pena ser assistido.

                Verdade é que, até os dias atuais, a liberdade de expressão é a primeira inimiga de todo governo que tem como segundas intenções o autoritarismo, pois nenhuma ditadura consegue coexistir com o pensamento livre, não suporta ser contrariada e é por isso responde palavras com torturas e balas e por este motivo a liberdade de expressão deve ser protegida com rigor, mesmo que seja em favor de quem não compartilha as mesmas ideias, pois como diz o poema do brasileiro Eduardo Alves da Costa “No caminho com Maiakóvski” (1968), muito citado por integrantes da resistência ao regime militar.

“Na primeira noite eles se aproximam

e roubam uma flor

do nosso jardim.

E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem:

pisam as flores,

matam nosso cão,

e não dizemos nada.

Até que um dia,

o mais frágil deles

entra sozinho em nossa casa,

rouba-nos a luz, e,

conhecendo nosso medo,

arranca-nos a voz da garganta.

E já não podemos dizer nada.”

Veja ao Trailer:

.

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