– É sempre importante questionar a si mesmo, na hora das compras, na hora das refeições. Preciso mesmo deste produto? Qual a sua real utilidade? Ou, na hora de servir o prato: qual a quantidade de alimento que de fato necessito? E assim vale para o consumo de energia e de água. –
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade, Por João Gonçalves
De acordo com a professora Daniela Diana, pesquisadora e produtora de conteúdos, licenciada em Letras pela Universidade Federal Fluminense, “a cultura de massa é o conjunto de ideias e de valores que se desenvolve tendo como ponto de partida a mesma mídia, notícia, música ou arte. Ela é transmitida sem considerar as especificidades locais ou regionais e é usada para promover o consumismo entre os indivíduos, sendo um comportamento típico do capitalismo, que foi expandido de maneira drástica a partir dos séculos XIX e XX”.
Para ela a cultura é um conceito amplo que representa o conjunto de tradições, crenças e costumes de determinado grupo social. Ela é repassada através da comunicação ou imitação às gerações seguintes.
Dessa forma, a cultura representa o patrimônio social de um grupo sendo a soma de padrões dos comportamentos humanos e que envolve: conhecimentos, experiências, atitudes, valores, crenças, religião, língua, hierarquia, relações espaciais, noção de tempo, conceitos de universo.
É neste limiar de conceitos que trago a reflexão provocada por Evelyn Nogueira, da Casa e Jardim, para discutir a cultura do consumo predominante em nossa era. Ela destaca que o atual modo de consumo promove desperdício de recursos financeiros e naturais, especialmente em razão da logística e ausência de oportunidades aos pequenos negócios.
No texto que segue, produzido para o portal ‘Um Só Planeta’, Daniela Diana repercute o projeto Jardim Secreto, dirigido por Cláudia Kievel, que visa a promoção do consumo consciente, a partir do auto qeustionamento.
JARDIM SECRETO
“Trabalhar de forma 100% sustentável é inviável para a maioria no país, devido à falta de acesso”, diz Claudia Kievel, à frente do projeto Jardim Secreto. A Rede Jardim Secreto foi criada em meados de 2013, por Claudia e Gladys Tchoport, visando trazer visibilidade a ações que possam fortalecer a economia local e dar espaço a pequenos e médios negócios que se preocupam com toda a cadeia de produção.
Claudia ressalta que não são todas as pessoas que podem escolher comprar de empresas com um impacto ambiental menor, uma vez que produtos produzidos de forma mais artesanal e consciente são mais caros, mas é importante colocar luz nessas questões para caminhar em direção à mudança.
QUESTIONAR O CONSUMO
Uma das formas de praticar o consumo consciente é olhar para tudo que você já tem em casa e se perguntar o que realmente precisa comprar, antes de trazer novas roupas, utensílios, eletrodomésticos, móveis e outros itens. Esse tipo de filosofia é importante para avaliar nossas reais necessidades, conforme Iza.
O consumo consciente é benéfico para o meio ambiente, pois pode reduzir significativamente o uso de recursos naturais. Ao focar na economia local, a Rede Jardim Secreto prevê um futuro mais sustentável, mas ressalta que essa mudança precisa ser feita em conjunto.
É importante ter a percepção do que realmente é necessário, mas os indivíduos não conseguem fazer uma mudança estrutural por falta de poder de organização e logística. Esse movimento precisa acontecer ao lado de políticas públicas que tornem o movimento mais acessível.
Fontes: Portais ‘Um Só Planeta’ e ‘Toda Matéria’