– A Praça Chico Mendes vivenciou três dias de intensa ludicidade, ludicidade, poderíamos, assim dizer, “luz sobre a cidade”, com o seu Encontro Literário. –
DA REDAÇÃO | Cultura&Realidade
Recitações de poesias, artes plásticas, espaços para crianças, karaokê, lançamentos de livros e uma grande homenagem a Jackson Rubem fizeram do Encontro Literário um verdadeiro transbordar de linguagens artísticas, com teatro, danças, artes visuais, música e poesia, literatura alinhada com a trilha ecológica, tudo com a efervescência da participação dos alunos da rede municipal e seus educadores e educadoras, que fizeram diversos shows à parte.
Enquanto o professor de Geografia e músico João Vítor se apresentava no Bistrô Literário, em um espaço com muitas telas pintadas por estudantes, o público recebeu um chamado para degustar poesia: “Atenção! atenção! atenção! prestem bastante atenção! chegou a hora de se alimentar e o encontro literário é o melhor lugar! recomendação nutricional. Beba água para melhorar os rins, coma fruta para melhorar seu corpo, coma legumes para melhorar a sua mente e coma poesia para melhorar a sua alma. Venha degustar um texto poético e pode vir qualquer um, até quem é diabético!”.
Em um momento de poesia, encantamento e lirismo, o artista Jackson Costa fez a abertura com o Sarau do Poeta trazendo toda a sua nordestinidade para o palco. A noite ainda teve show de João Vitor que encantou com seu forró.
Na sexta-feira, houve a premiação do concurso literário “Inclusão Pelas Múltiplas Linguagens”, valorizando as produções reveladas nos ambientes da rede escolar municipal e, à noite, show com a cantora Wânia. O evento se encerrou no sábado com a sonoridade de Alexandre Leão, em que o prefeito Elmo Vaz, fez coro.
JACKSON RUBEM – Ainda durante a programação, Jackson Rubem, o homenageado do encontro, recebeu muitas visitas no estande da Academia de Letras de Irecê. “Estou muito feliz por este reconhecimento, recebi muitas visitas, dei entrevistas e fiz muitas fotos. Agora, preciso estudar inglês para dar novos voos em projetos mais de âmbito internacional”, disse.
Zé Livrório animou a criançada com música e histórias com o projeto Kombi do Zé que leva arte-educação para o público infantil. E o escritor Tino Freitas expôs sobre “Palavra também é brinquedo” e “mediação de leitura como instrumento de formação do leitor na comunidade”.
Foram três dias de intensa ludicidade. Isso mesmo! No âmbito formativo, podemos utilizar um dos recortes do seu conceito, vez que ludicidade também significa “qualquer exercício que trabalhe a imaginação e a fantasia”. O que é a arte, no campo literário, que não seja dar luz à criatividade na superação dos desafios, dar luz à imaginação, onde resta a escuridão?
Há um túnel, que obscurece o campo das artes em Irecê. Eventos como o Encontro Literário, que estabelece o encontro da arte e seus autores com o público, expõe este fato. Arte e artistas sedentos por seu público, que não esconde a sua fome pela arte, para o ato de fazer cultura, reproduzir a criação a favor do coletivo das criaturas. Afinal, como diz a música do Titãs: “A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”.
Arte espontânea, pura genuína, como nas Semanas de Arte e Cultura de Irecê, as Semarcs, ocorridas no período de 1987 a 1993, em que nem era preciso trazer artistas reconhecidos para encher a praça. Era só um “instalô, instalô”… abrir as inscrições, e os talentos vicejavam.
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Fotos: Juliano do Carmo e Polly Fotógrafa