– O acidente ocorreu em Hidrolândia, no município de Uibaí. O jovem trabalhador recebeu cerca de 150 picadas e foi socorrido pelo Agrônomo e Meliponicultor Márcio Pires –
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade
Por pouco não ocorre uma tragédia em Hidrolândia, onde um jovem trabalhador rural sofreu severo ataque de abelhas africanizadas. De acordo com postagem em uma página de rede social, o Agrônomo Márcio Pires de Oliveira relatou os momentos de aflição vividos pela vítima, nesta sexta-feira, 7.
Segundo o seu relato “um jovem tratorista foi atacado e levou centenas de ferroadas. Recebi uma ligação de Caio (seu amigo da comunidade) para ir fazer o resgate do rapaz, pois as abelhas não deixavam ninguém encostar”, relata o agrônomo que é meliponicultor.
“De pronto, providenciei o equipamento de proteção e a medicação antialérgica para os primeiros socorros. Quando cheguei, Caio já tinha conseguido tirar o rapaz do local. Nunca ví um garoto tão tranquilo como esse. Logo que o ví, perguntei se estava respirando bem e ele disse que sim. Dei a medicação antialérgica e em seguida Caio o levou para o Hospital Municipal, em Uibaí”, disse.
Márcio informou que após os primeiros socorros, foi ao local do ataque, para pegar o trator que ainda estava ligado e localizar o enxame, que se encontrava bastante agressivo, em um pote, debaixo de uma mangueira seca. “Pela minha experiência, trata-se de uma colônia com mais de 70 mil abelhas”, estimou.
Duas situações impressionaram o profissional. A tranquilidade do jovem de 14 anos, que foi atacado por centenas de abelhas e demonstrou muita tranquilidade, sem reações intensas e a agressividade das abelhas, que mesmo com distância de aproximadamente um quilômetro, continuavam a perseguir a máquina, atacando uma camisa preta que se encontrava amarrada na capota.
Segundo ele, o acidente deve ter sido provocado por estresse das abelhas com o barulho do trator, uma vez que sequer o local da colmeia foi tocado. Márcio acredita que a vítima tenha sofrido ao menos 150 picadas, foi socorrido e passa bem.
Márcio esclarece que “ao avistar um enxame, as pessoas devem procurar um órgão ou um profissional com experiência, pois o risco de morte é muito grave. Neste caso, foi um acidente, mas tem muita gente que quer controlar enxame de abelhas africanizadas com veneno ou fogo e isso é um grande perigo”.
De acordo com diversas bibliografias, pessoas alérgicas a picadas de abelhas correm risco de morte, até mesmo com uma picada. Pessoas adultas não alérgicas, a partir de 30 picadas, correm sérios riscos. O jovem acidentado, em Hidrolândia, demonstrou não ser alérgico e um organismo bastante resistente, fora do comum, a ataques como o que ocorreu.
