- Programação cultural natalina em Irecê, os escritores Ermania Ribeiro, Estácio Dourado e Maria Salomea fazem lançamento de suas obras, grêmio cultural de Uibaí volta às suas atividades, Zuza Mó, o filme, feira de artesanato e ‘Terras que libertam’, são os temas deste resumão das artes –
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade
NATAL E MUSICALIDADE
A cidade decorada de Natal, por meio de uma iniciativa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Irecê/CDL, vem, há vários dias, promovendo intensa programação musical e proximidade das famílias com a boa música e os símbolos marcantes do espírito natalino. Ao terminar o ciclo, dia 6 de janeiro, vai, de certo ficar uma lacuna no centro da cidade, vez que está se tornando um hábito as famílias se dirigirem à Praça da Prefeitura e Calçadão, para verem as iluminação de Natal, a “casa” do Menino Jesus e ouvir boa música em acústico com excelente diversidade artística e musical.
UIBAÍ: GRÊMIO RETORNA COM A PROGRAMAÇÃO CULTURAL
Na cidade de Uibaí, o mobilizador cultural e ambiental, Edimário Oliveira Machado, anuncia a retomada das atividades do Grêmio Cultural ‘A voz do povo’, espaço de vanguarda da vida social, artístico e cultural da cidade, que recentemente recebeu a visita da trupe de Solon Barreto, para gravações do filme “Uma história de cinema”.
O grêmio cultural passou por reformas na sua estrutura interna, durante os dois anos de isolamento social, em razão das normas de saúde pública, preventivas à Covid-19.
O espaço tem previstas programações para Natal e Reveillon.
FERIA DE ARTESANATO
A 3ª Feira do Sertão Criativo ocorreu com enorme sucesso, reforçando a importância da economia criativa e solidária. O evento ocorreu na Praça do Requintes, em Irecê, por iniciativa do movimento independente de artesãos e artesãs de Irecê e região, contou com dezenas de exposições do campo das artes plásticas, artesanatos em diversos materiais, principalmente tecido e madeira.
“Muitas peças lindas, que demonstram a tenacidade da força criativa do nosso povo. Me apaixonei por este colorido batedor, que estou levando para Goiânia”, disse Mercês Oliveira, ireceense que estava de férias durante o evento.
Articulada pelas artesãs Nara Flor e Roberta Queiroz, a feira contou com apoio da Prefeitura de Irecê, por meio da secretaria de indústria e comércio, liderada pela secretária Meirinha e teve em sua programação diversas manifestações artísticas, como recital de poesia e apresentações musicais.
“O que vimos na praça, em anos anteriores e nesta edição, foi muito lindo. A economia criativa, a música, a alegria, as brincadeiras infantis ocupando a praça, transformando e valorizando como ela deve ser, disse Janara Vieira.
Dentre as apresentações registramos: brincadeiras infantis com Rani Dourado, Luan Gonçalves, Mag Vieira e Marcos Magalhães e Quarteto Baião de Jazz e Verônica Bastos e Cordelista Luana Sousa, contação de histórias com Jane Machado, Os Hozzanas, Mateus Zingue, André Marques, A mesclã com Neto Rabelo, Paulo Teixeira e Francisco Gui, Yan Paiva e Índia Caatingueira.
ERMANIA RIBEIRO: ‘Diário de experiências cognopolitanas’
A Livraria&Papelaria Monaliza recebeu a bioquímica e escritora Ermania Ribeiro, uma das baluartes das Semanas de Arte e Cultura de Irecê, para o lançamento do seu livro ‘Diário de experiências cognopolitanas’, onde a autora organiza narrativas dos principais episódios ocorridos durante a fase de mudança da autora para a Cognópolis em Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil, no período de 2014 a 2017. A autora relata as facilidades e dificuldades encontradas nesse período e a forma como os enfrentou.
Escrito em primeira pessoa, informais, solilóquios traduzidos em palavras escritas são uma forma de evidenciar a própria leitura dos fatos e parafatos sob a lente individualíssima da interpretação pessoal e, ao mesmo tempo, compõem uma autobiografia.
ESTÁCIO DOURADO: ‘É grave e crônicas’
Também na Livraria&Papelaria Monaliza o professor e filósofo Estácio Dourado, lançou mais um livro. ‘É grave e crônicas’, onde, de forma bem humorada, ele lança várias passagens do cotidiano das pessoas nas suas mais hilárias contradições, expondo ambientes e relações do contra, por si mesmas ou acolhe-se pelo outro. A obra também se encontra à disposição dos leitores pelas plataformas sociais do autor e em livrarias de Salvador e Arembepe/Camaçari.
SALOMEA: “MARIA NÃO VAI COM AS OUTRAS”
A professora Maria Salomea dos Santos, paulista que atuou na Rede Municipal de Ensino de Irecê, mas que atualmente reside em sua terra natal, veio a Irecê neste mês de dezembro, ocasião em que lançou o livro ‘Maria não vai com as outras’, no auditório da Faculdade de Irecê (FAI), durante evento organizado pelo seu filho Marcos dos Santos, sócio-proprietário do conglomerado educacional FAI, Polo Unopar e Cometa.
O evento ocorreu dia 17, com presenças de dezenas de amigos e profissionais de educação, que fizeram questão de enaltecer as qualidades da pessoa e da profissional Maria Salomea e, é claro, adquirir a obra, que relativiza a conduta comportamental dos sujeitos sociais, no mundo de imitações e competições aceleradas pela tecnologia da informação.
ZUZA MÓ
No dia 18, o diretor do filme ‘Zuza Mó, Kel Dourado, reuniu todo o elenco e equipe de produção, na Praça da Prefeitura, onde fez a primeira exibição do filme que faz um recorte da vida de José Alves de Andrade, que embora migrante, casou-se com Ana Joaquina Dourado (Nanana) em tempos de o nome da família tradicional era questão de honra.
O filme trás a reflexão dos interesses presentes nas relações sociais, envolvendo o poder econômico, a família e os sentimentos da paixão.
O público lotou a praça da exibição inaugural, numa demonstração da força da “sétima arte” em Irecê. A produção é uma ficção independente e inspirada em fatos.
A programação previa dois dias de exibição: sábado, 18 e domingo, 19. No primeiro dia, o público exigiu dupla apresentação. O que ocorreu. Parece que previa a chuva que impediu o cumprimento do programado para domingo. Aqueles e aquelas que se organizaram para segundo dia, perderam. Terão de esperar nova data a ser marcada. Se é que vai…
TERRAS QUE LIBERTAM
Da Chapada Diamantina, tivemos a grata surpresa do documentário ‘Terras que libertam – história dos Cupertinos’. Após ser indicado para festivais de cinema, tendo sido finalista do ‘Boden International Film Festival (BIFF)’ e semifinalista no ‘Stockholm Film & Television Festival (SFTF)’, ambos na Suécia, o filme ‘Terras que Libertam – histórias dos Cupertinos’, que retrata a memória e o cotidiano de comunidades quilombolas na Chapada Diamantina, no centro da Bahia, foi premiado como ‘Melhor Documentário do Five Continents’, no ‘International Film Festival’, da Venezuela.
A produção do Geógrafo-documentarista, professor Diosmar Filho, também foi premiada como ‘Melhor Documentário Sul Americano’, no ‘International Documentary Film Awards’, na Eslováquia e ocupou ainda as categorias ‘Melhor Documentário com Trilha Original’, assinada pelo multi-instrumentista Mauricio Lourenço, e ‘Melhor Cinematografia’, ao diretor de fotografia Chico Soares.