– Lula sempre disse que havia um conluio envolvendo o então Juiz Federal, Sérgio Moro e a extrema direita, usando a toga para fazer política e perseguí-lo. O comportamento das idas e vindas do ex-juiz parece dar sentido à fala do petista –
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade
O ex-Juiz e agora Senador eleito pelo estado do Paraná, Sérgio Moro, que se aliou a Bolsonaro nas eleições de 2018, dando vasão aos petistas na afirmação de que as suas sentenças eram passionais e políticas, com o fito de perseguir o ex-presidente Lula, tem dado, em diferentes momentos, munição para que o discurso petista ganhe força junto à crença pública.
Em abril de 2020, na metade do governo, Moro, que havia sido nomeado Ministro da Justiça do governo bolsonarista, pediu demissão, afirmando que Bolsonaro enterrou a Lava Jato e interferiu na Polícia Federal, reduzindo o poder de combate à corrupção.
Durante a campanha, visando ganhar força política para garantir sua eleição, Moro se reaproximou das bases bolsonaristas no Paraná e se elegeu. No último domingo, 16, ele apareceu na Band, ao lado do presidente, num gesto de suporte à assessoria do presidente candidato à reeleição.
RELEMBRE – Moro condenou Lula a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em 2017, em caso relacionado a um triplex no Guarujá, em São Paulo, cuja prova fundamental, veio se saber depois, nunca existiu. Em março de 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações de Lula no âmbito da Lava-Jato por considerar Moro parcial.