– Um vigilante nazista queria matar e se matar em seguida. Ele foi preso durante operação que investigava células nazistas há sete meses em diferentes estados brasileiros –
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade
Batizada de ‘Bergon’ em alusão à freira francesa Denise Bergon, que protegeu da ferocidade nazista centenas de crianças judias na Segunda Guerra Mundial, operação realizada por policiais civis e promotores públicos de sete estados brasileiros teve como alvos 15 pessoas do estado do Rio de Janeiro, nove de São Paulo, dois do Rio Grande do Sul, dois do Paraná, um de Minas Gerais, um do Rio Grande do Norte e um de Santa Catarina, apontadas como disseminadoras do nazismo no Brasil, com práticas violentas.
Desde o mês de abril deste ano que os investigadores atuavam na identificação dos nazistas, verificando localização e métodos operacionais, o que permitiu mapear a ação de uma dessas células extremistas.
Um dos presos na operação confessou que planejava cometer um atentando e, em seguida, se matar. Logo após ser alvo de busca e apreensão, o suspeito relata aos policiais que “não aguentava mais as coisas erradas no mundo”. O criminoso se apresentou como vigilante noturno e disse que “respeitava apenas pessoas honestas”.
Redes sociais
Os investigados disseminavam ódio a negros e judeus nas redes sociais. A operação foi coordenada pela Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.
Em maio deste ano, um dos alvos foi identificado por utilizar um aplicativo para espalhar ódio e atrair simpatizantes, principalmente com ameaças contra negros e judeus. Na ocasião, a Delegacia da Criança e Adolescente pediu à Justiça decretação da prisão cautelar temporária de 30 dias, expedição do mandado de busca e apreensão e quebra do sigilo de dados.
Simpatizante do nazismo confessou que pretendia cometer atentado:
A partir da análise do material periciado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e pelo Ministério Público, foi encontrado farto conteúdo racista contra negros e judeus. Chamaram atenção diálogos ameaçadores, cooptação de simpatizantes, treinamento e, principalmente, disseminação de ódio.
Fonte: Metrópole