– R$ 42 milhões é o montante movimentado pelo MST – Movimento dos Sem Terra, como contribuições por meio do financiamento Popular da Agricultura Familiar –
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade
O debate ideologizado, muitas vezes, apenas distanciam pessoas e empreendimentos das estratégias adequadas, para que determinados projetos possam prosperar e promover o desenvolvimento social. Neste caso, com responsabilidade ambiental, assegurando segurança alimentar e nutricional, e resultado econômico.
É nesta perspectiva que o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) recebe, desde 2020, contribuições do mercado financeiro através do Finapop (Financiamento Popular da Agricultura Familiar). De acordo com a estudante de jornalismo da Universidade Metodista/São Paulo, Ana Albuquerque, o programa garante aos pequenos agricultores, como os do MST, o apoio no financiamento da produção de alimentos orgânicos.
Conforme matéria que ela desenvolveu para o portal “Seu Crédito Digital”, a engenheira agrônoma e coordenadora do Finapop, Ana Terra, o Finapop é uma empresa “formada a partir da vontade de um grupo de investidores e de cooperativas produtoras de alimentos, que realizam investimentos de impacto em áreas de Reforma Agrária”.
Como o Finapop surgiu?
O Finapop surgiu a partir da iniciativa de um grupo de investidores que articulou um CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) com o objetivo de contribuir com a instalação de um frigorífico em uma cooperativa do MST.
Assim, a parceria com empresas como o Grupo Gaia, a princípio, transformou a iniciativa, “estruturando diferentes modalidades de investimento para a realização de um CRA, que beneficiou 7 cooperativas”, explicou Terra.
Desse modo, o projeto se expandiu e fechou parcerias com diversas outras empresas, alcançando um total de 59 projetos de investimento em 48 organizações.
Como funciona o Finapop, programa que investe no MST?
O Finapop tem como princípio ser um financiamento rentável tanto para os investidores quanto para quem recebe o investimento, como o MST. Dessa forma, o Finapop atua em três frentes:
- Captação de recursos com ajuda de investidores;
- Qualificação de projetos junto a cooperativas;
- Acompanhamento de investimentos.
“Para os agricultores, o recurso é utilizado para diferentes modalidades, de forma a custear a produção de alimentos agroecológicos, garantir infraestrutura de mecanização e capital de giro para compra de matéria-prima”, explicou Terra ao portal UOL.
Quem pode investir no Finapop?
Atualmente, os investimentos já somam R$ 42 milhões. É possível investir em linhas como a CAPEX, investimentos produtivos, e o capital de giro. O valor inicial para investimento é de R$ 100.
De acordo com a coordenadora do Finapop, o financiamento é uma oportunidade de impacto positivo. Para Terra, “o Finapop contribui para que se consolide uma economia pautada na preservação do meio ambiente e na superação das desigualdades sociais, com a produção de alimentos saudáveis protagonizada pelas cooperativas”.
Fonte: Porteais UOL e SeuCréditoDigital.