– A Assistência Técnica e Gerencial do Senar/BA a um grupo de apicultores do município de Central, melhorou a capacidade produtiva dos apicultores e apicultoras, aumentando a produtividade e os lucros, impactando diretamente na qualidade de vida das famílias e nas relações socioambientais das comunidades participantes –
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade
“Uma aposta que deu certo. Não é fácil o produtor deixar sua propriedade, para participar de uma formação. Mas valeu a pena! Os meus resultados estão bem melhores. Ganhei muito com as aulas dos FPRs e a Assistência Técnica e Gerencial do Senar. Os conhecimentos adquiridos vão valer para a vida inteira!”, a afirmação é do produtor rural e apicultor Lucas Honorato de Souza, da comunidade de Palmeiras, no município de Central-BA, que viu a produtividade do seu grupo aumentar em mais de 78% e a lucratividade ser ampliada em mais de 200% em dois anos de ATeG/Senar/BA, que ocorre nos 20 municípios do Território de Irecê, por meio do Sindicato dos Produtores (SINPRI).
Lucas é um dos 30 produtores que compõe o grupo de apicultores e apicultoras que tiveram Assistência Técnica e Gerencial do Senar, gratuitamente, por dois (Ago2020/Ago2022) com participação assídua em cinco cursos de FPR (Formação do Produtor Rural) e uma missão técnica durante o período. O grupo foi formado por sensibilização da AAPIMEC – Associação dos Apicultores e Meliponicultores do Município de Central-BA, que demandou o SINPRI.
Vilson Alves da Silva (Vial), da comunidade Vereda de Central, é o presidente da AAPIMEC. Ele disse que até agosto de 2020, o grupo colhia mel e comercializava com os conhecimentos tradicionais. “Depois da ATeG e dos cursos de formação, melhoramos bastante. Saímos de uma produção de nove toneladas, para mais de 16 toneladas e com potencial para ampliar”.
RESULTADOS
De acordo com informações da Supervisora do Senar/BA, Uila Alcantara e do Técnico de Campo Sávio Rocha, também do quadro do Senar/BA, o grupo de apicultures e apicultoras de Central, contemplados pelos serviços prestados nos últimos dois anos, apresentaram resultados excepcionais. “Foi de uma dedicação muito grande. O grupo iniciou e terminou com 30 participantes, sendo 3 mulheres e 27 homens, que se dedicaram na aquisição do conhecimento e nas práticas culturais, obtendo excelentes resultados”, disse Uila.
Segundo Sávio Rocha, “foi gratificante o desenvolvimento das ações com o grupo, resultando em trocas significativas de saberes, oportunizando a teoria e a prática como instrumentos de construção de resultados”, disse ele durante a exposição de relatório de conclusão da ATeG do grupo, realizada durante seminário realizado pelo SINPRI/Senar/ AAPIMEC, com apoio da Prefeitura de Central, por meio da Secretaria de Agricultura local.
Conforme os dados apresentados, os produtores ampliaram a capacidade prática no manejo da apicultura e meloponicultura, tratos culturais, coleta e beneficiamento, gestão das unidades produtivas e comercialização, favorecendo à melhoria da produção e ampliação dos lucros. Inicialmente o grupo saiu de uma renda anual, apenas com a apicultura, de R$ 123 mil (média de R$ 4.100,00 por produtor), para R$ 243 mil, média de R$ 8.100,00.
IMPORTÂNCIA DA INDUSTRIALIZAÇÃO NA CADEIA DO MEL
Conforme estudos do Senar/BA, a industrialização dos produtos da apicultura permite a obtenção de diversos subprodutos. Na prática, esse processo consiste na transformação da matéria-prima com agregação de novos componentes ou pelo simples fracionamento do produto, possibilitando a diversificação e, consequentemente, contribuindo para a melhoria da renda do produtor.
Abaixo, os principais produtos que se pode obter com a o desenvolvimento das práticas culturais com as abelhas:
1 – Mel – A OMS (Organização Mundial de Saúde) define o mel como uma substância açucarada obtida a partir do néctar das plantas ou que se encontre sobre elas, a qual as abelhas trabalham, transformam e combinam com matérias específicas, depositando depois nos favos da colmeia.
2 – Pólen – É um produto altamente proteico, rico em vitaminas e sais minerais. Atualmente tem ocupado importante papel na apicultura como fonte de renda do apicultor.
3 – Própolis – A própolis é uma substância resinosa que as abelhas colhem dos brotos, botões e cascas de árvores.
4 – Geleia Real – A geleia real é uma secreção de glândulas específicas das abelhas operárias, ou seja, um leite denso, cremoso, com sabor ácido, doce e picante.
5 – Cera – É uma substância oleosa secretada pelas glândulas cerígenas das abelhas operárias e sintetizada pela redução de açúcares. Apresenta cores diversas e é insolúvel em água.
6 – Aptoxina – O veneno da abelha é chamado de Apitoxina. Ele é produzido por glândulas existentes no abdômen e introduzido através do canal existente no ferrão. É uma substância química complexa usada para pomadas.
GALERIA DE REGISTROS DAS FORMAÇÕES, MISSÃO TÉCNICA E VISITAS DE ATeG/SENAR-BA