CULTURA&REALIDADE/OPINIÃO I Por Franciel Cruz
Galera entope o fiofó com supositório de habermas, fica inebriado pela (mal) dita esfera pública e se esquece, ou finge se esquecer, dos infames procedimentos das gangues midiáticas que dominam Pindorama desde sempre. Estas criaturas deslumbradas desconhecem como funciona uma mera redação. No máximo, enviam artigos sofisticadosà publicação.
E mais. Este tal republicanismo acadêmico se disfarça, não raras vezes, de ingenuidade e ignora que, aqui, temos uma familiocracia midiática que impõe a pauta deles na tora. E fazem isso sem nenhum pudor. Vedações econômicas, as escrotas IPs (indicações do patrão), entre outras mumunhas.
Isto, claro, acaba por se refletir também numa autocensura estabelecida & indizível. Some-se a isso as “censuras” políticas (vá, bonitão, fazer matérias investigativa sobre as tramoias envolvendo os eternos donos dos meios de comunicação, vá. Demissão sumária).
Sim, eu poderia recorrer a exemplos históricos e lembrar o escroto, e praticamente unânime, papel da mídia no golpe e na posterior ditadura militar-empresarial. Mas alguns ingênuos poderão dizer que a situação mudou muito, que a nossa briosa & impoluta imprensa se modernizou.
Aliás, esta palavrinha mágica “modernizar” é muito usada por esta galera. O arcaico é sempre o outro. Então, peguemos o exemplo da (mal) dita reforma da previdência. No início da zorra, a maioria absoluta da população era contra. Os meios de comunicação meteram um bombardeio e o quadro se modificou. E os parlamentares aprovaram sem ser acossados.
“Ain, Seo Françuel, mas você é muito arcaico, atrasado e desinformado. As teorias da comunicação já mostram, de há muito, que o receptor é ativo, num é isso que você tá falando, não”.
Assim seria se tivéssemos o contraditório básico, mas quá. E, criatura, só digo o seguinte. Quem come H é Dona Otília de Cafarnaum, que escreve Otel com Ó.
E outra. Já que vocês gostam tanto de apelar pra estudos, deem um saque na cobertura da fuleiragem. As matérias, artigos e análises a favor da reforma foi um negócio vergonhoso, em termos percentuais. E num custa lembrar de jornais escanteando censuristicamente fotos de manifestações.
Mas, tudo isso, eles dirão, é do jogo democrático, é da luta na esfera pública.
Tá, agora, jornalistas se levantarem contra a empresa que trabalham e que abre espaço para um canalhocrata ressentido & racista não pode. Vocês gritam logo, CENSURA, AI, CENSURA.
Hômi, quá; Sinhô, me deixe.